Um relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgado, ontem, em Brasília coloca o Paraná como o quarto em número de prisões de sem-terras no País, atrás apenas do Distrito Federal, Espírito Santo e Pará. Em 2006 foram 55 casos, contra 35 em 2005, aumento de 57%. Desde 2000 o CPT não registrava um número tão elevado de prisões de trabalhadores rurais no Estado.

Um outro dado preocupante é o aumento constante no número de famílias violentadas, ameaçadas e intimidadas pelos grupos armados a serviço do latifúndio. Em 2006, foram 764 famílias, um aumento 23,22% se comparado com as 620 famílias em 2005, e de 48,92% na comparação com 2004. Estes dados fazem do Paraná o terceiro (atrás apenas do PA e da BA) no número de famílias vítimas das ações das milícias armadas.

O Paraná continua entre os Estados com maior número de conflitos no campo no Brasil. Foram registrados 76 casos conflitos por terra (que é o registro das ocupações, acampamentos e violência contra a ocupação e a posse). O Estado registra o maior número de acampamentos, 13 no total, envolvendo 1.225 famílias.
O número de conflitos por terra, de ocupações e de acampamentos em todo o País diminuiu 7,82% no ano passado, em comparação a 2005.