Mudar constantemente de emprego é uma atitude cada vez mais comum. A velocidade dos acontecimentos nas empresas versus as expectativas dos colaboradores contribui para esta nova realidade e exige um novo modo de pensar. O jovem que entra como trainee almeja em até três anos estar em uma posição de gestão bem consolidada e se não acontece, buscará novos horizontes, observa o professor e escritor Marcus Garcia, autor do livro Pedagogia Empresarial – Saberes, Práticas e Referências,

Outra razão para as mudanças de emprego, segundo o professor, é a disputa de empresas por talentos, que chegam a fazer propostas milionárias para contar com os melhores profissionais. O mercado hoje não considera negativo trocar de trabalho, desde que exista o bom desempenho onde atua, aponta. Para quem deseja buscar um novo emprego, deve avaliar se o perfil da instituição atende ao que se espera. Muitos profissionais são movidos pelo novo, pelas mudanças e dificuldades inerentes à profissão. A ausência de oportunidades de ascensão a novos cargos e patamares salariais pode ser um fator que desmotive com o passar do tempo. Um ponto de partida é verificar nos portais, a Missão, Visão e Valores de uma empresa. As redes sociais, tanto reais quanto virtuais, também são poderosas ferramentas para obter conhecimento sobre uma empresa em relação aos seus funcionários, indica o professor Marcus Garcia.

Há quem queira deixar de ser colaborador em uma empresa privada para se tornar um empresário ou funcionário público. Em ambos os casos, o colaborador precisa avaliar o que realmente quer e saber ponderar tudo. O empreendedorismo é algo que pode ser aprendido e se transformar em uma oportunidade de negócio. Só que para isso é seguro buscar informação com um órgão de fomento antes de dar qualquer passo, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), orienta o professor. O emprego público, sempre tão almejado por causa de suas melhores condições de salários, benefícios e adicionais de salário pode não ser vantajoso para todos. Em uma repartição pública, um fator decisivo pode ser a flexibilidade e até a velocidade com a qual a pessoa prefere fazer as coisas. Quem é muito agitado ou cheio de ideias pode acabar frustrado, analisa o professor Marcus Garcia.