O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, recebeu nesta terça feira (19) os sindicalistas que representam os servidores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), em greve desde terça-feira (12) da semana passada. A intenção do secretário é avançar na negociação para o encaminhamento para a Assembleia Legislativa de projeto de lei que reformule o plano de cargos e salários para os servidores do órgão. 

O encontro foi acompanhado pelo diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto, pelo diretor de Recursos Humanos Adelar Motter e pelo diretor de Administração e Finanças Altair Dorigo e pelo diretor-geral da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Otamir Cesar Martins. 

Atendendo pedido dos próprios sindicalistas, o secretário Ortigara negociou com a secretaria da Administração, Dinorah Botto Portugal Nogara, um esforço concentrado para apressar a tramitação do anteprojeto de lei nas esferas administrativas do governo do Estado até ser enviado à Assembleia Legislativa. 

Ortigara condicionou essa proposta ao retorno imediato dos servidores ao trabalho. A proposta vai ser avaliada em assembleia a ser realizada na manhã desta quarta-feira (20) em Londrina. 

NEGOCIAÇÕES – Para Ortigara, a greve é precipitada e desnecessária, tendo em vista todas as negociações e o entendimento do governo que prevê encaminhar o projeto de lei para a Assembleia Legislativa. Porém, atualmente há a necessidade de adequar a folha de pagamento aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Qualquer negociação fora disso vamos induzir o governador a praticar improbidade administrativa, disse o secretário. 

A posição do governo, conforme explicou Ortigara, é adequar a folha de pagamento aos limites da LRF e em seguida dar andamento às negociações pendentes, entre elas o Plano de Cargos e Salários dos servidores do Iapar. Segundo Ortigara, o governo reconhece a importância do trabalho da pesquisa agropecuária para o Estado e por isso ele está negociando com os servidores, reiterou. 

Ele explicou que o processo de encaminhamento de um projeto de lei dessa natureza é demorado porque precisa ser submetido a vários procedimentos administrativos para se tornar legal. Isso é para garantia dos próprios servidores e em nenhum momento recuamos desse propósito, afirmou. 

Participaram do encontro os sindicalistas Ricardo Moura, presidente do Sindpar – Sindicato dos Servidores Públicos Estadual na Área de Pesquisas Agrícolas e Agropecuarias do Estado do Paraná; Denilson Fantin, do Sintea-PR – Sindicato dos Técnicos Agrícolas de Nível Médio do Estado do Paraná e do Senge – Sindicato dos Engenheiros.