O Paraná registrou sua primeira morte por dengue neste novo período epidemiológico, informou nesta terça-feira (21) a Secretaria de Estado da Saúde por meio de um boletim sobre a situação da dengue no Paraná. Além disso, três regiões estão em alerta: Noroeste, Norte e Oeste, que concentram o maior número de casos e também registram condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do mosquito transmissor da doença. 

Segundo o boletim, até agora foram confirmados 501 casos de dengue, número bem menor ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 1.269 casos. De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, assim como nos anos anteriores, a maioria dos focos do mosquito ainda é encontrada dentro de casas e quintais. 

Todos devemos fazer a nossa parte e eliminar recipientes que possam acumular água. Atualmente, o principal problema é com o lixo reciclável, que muitas vezes é descartado de maneira inadequada e pode se tornar criadouro do mosquito, disse o superintendente. 

Até agora, três cidades já alcançaram taxa de incidência de casos considerada epidêmica, ou seja, acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Juntas, Londrina, Marilena e Alvorada do Sul contabilizam 165 casos, quase um terço do total de casos do Estado. Nestas cidades, o Governo do Estado já liberou a utilização do fumacê para combater o mosquito adulto. Neste ano, Londrina, Cambé e Foz do Iguaçu também já aplicam o inseticida contra o mosquito através do fumacê. 

Outro equipamento importante para o combate à dengue é o pulverizador costal, um aparelho portátil indicado para a aplicação do veneno dentro de ambientes fechados. Desde 2011, 608 pulverizadores foram cedidos pelo Governo do Estado para o uso das equipes municipais. 

Para garantir mais segurança e também melhorar a logística de distribuição dos inseticidas, o Estado contratou uma empresa para armazenar e fracionar o material. A nova central fica em Jandaia do Sul, no Norte do Estado. 

MORTE – A primeira vítima da dengue é uma moradora de Nova Londrina, que morreu no dia 3 de janeiro, na Santa Casa de Paranavaí. 

De acordo com a investigação do Comitê Estadual de Mortalidade da Dengue, a paciente apresentou os primeiros sintomas da doença em Nova Londrina, no dia 21 de dezembro. Apesar disso, ela viajou a Curitiba e procurou atendimento médico somente no dia 25, em um hospital da capital. 

A equipe médica diagnosticou o caso como dengue imediatamente e recomendou que a paciente fosse internada para hidratação, visto que já apresentava sinais de alarme. Contudo, horas depois a paciente solicitou alta para retornar a Nova Londrina, contrariando indicação médica. 

No decorrer dos dias, o caso foi se agravando e ela procurou o Pronto Atendimento de Nova Londrina, onde foi medicada e liberada. O quadro piorou ainda mais e, em 28 de dezembro, ela foi novamente internada, primeiro no hospital municipal de Marilena e depois na UTI da Santa Casa de Paranavaí, onde morreu seis dias depois.