As demissões dos professores das Faculdades Integradas Espíritas (FIES) foi suspensa pela própria instituição na última quarta-feira (22), após ser realizada uma audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT), que contou com a participação de representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba (Sinpes), da Faculdade Espírita e professores da instituição.
Na reunião, o Procurador do Trabalho Alberto Emiliano de Oliveira Neto disse que, como se trata de uma demissão coletiva, as FIES deverão iniciar negociação coletiva com a entidade sindical da categoria.
Em dezembro do ano passado, a instituição, alegando não ter condições de arcar com os salários, anunciou a demissão de seus funcionário – segundo o MPT, o quadro das FIES conta com 105 trabalhadores contratados, dos quais 81 são professores. Os alunos foram informados de que seriam transferidos, mas agora temem ter a formatura atrasada por conta da mudança
Para Oliveira Neto, o foco deve ser mantido nos professores, com a tentativa de se preservar os contratos de trabalho vigentes. “O principal a ser feito agora é acompanhar as negociações coletivas. O MPT atuará em defesa do interesse dos trabalhadores e tomará todas as medidas judiciais e extra-judiciais necessárias”, afirma o procurador.
Nesta sexta-feira (24), o Sinnper irá receber os professores demitidos no final de 2013 e os profissionais que já haviam se desligado da instituição anteriormente. No encontro, será discutida a atitude da instituição de ensino de demitir e recontratar professores com salários menores – segundo o sindicato, essa prática se deu de forma fraudulenta, já que a própria direção da faculdade admitiu que teria orientado os professores a entrarem com uma ação coletiva, sem comunicação ao sindicato, prejudicando as centenas de execuções que já se encontram em andamento, além dos próprios professores envolvidos na ação.
