O resultado da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que revelou que 58,5% dos entrevistados brasileiros concordaram totalmente ou parcialmente com a frase “Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros” gerou protesto na internet.  Um grupo de jovens iniciou nesta sexta-feira (28) um movimento público pela web para estimular demonstrações públicas de repúdio ao machismo e à violência feminina através de topless e selfies contra o estupro.

Ontem (28) à noite, o protesto online “Não mereço ser estuprada” já tinha mais de 10 mil participantes no Facebook, Hoive também um  twittaço após as 20h00 com as hastags #NãoMereçoSerEstuprada #NinguémMereceserEstuprada.

Famílias com mães, filhos e até recém nascidos têm aderido ao movimento, que é resposta ao que as mulheres chamam de machismo consentido, muitas vezes oriundo até de algumas mulheres e potenciais vítimas.

Na consulta do Ipea, os pesquisadores também avaliaram a seguinte frase: “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. O levantamento mostrou que 42,7% concordaram totalmente com a afirmação e 22,4% parcialmente; 24% discordaram totalmente e 8,4% parcialmente. Detalhe: das 3.810 pessoas entrevistadas, 66,5% eram mulheres.