Alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e integrantes do movimento negro de Curitiba iniciaram uma campanha informal para rebatizar o prédio Teixeira Soares, doado à instituição de ensino pelo Ministério do Planejamento em 2009, com o nome da curitibana Enedina Alves Marques – primeira engenheira civil negra formada no Brasil.

O edifício fica no bairro Rebouças, na região da Ponte Preta, e passa por reformas e obras de adaptação dos espaços. A previsão é de que o serviço seja concluído entre o fim deste ano e início de 2015. A bacharel em Direito Mariana Costa, formada pela UFPR e integrante do movimento negro e também da Marcha das Vadias, afirma que a mudança no nome do prédio ajudaria a reforçar a identidade da pessoa negra no estado e no país, mas até agora o pedido não foi oficializado junto à UFPR.

O pró-reitor de Administração da UFPR, Álvaro Pereira, explicou que uma mudança como essa é complexa, e não depende apenas da instituição. Pereira também esclarece que a UFPR aprovaria a homenagem, mas que várias outras áreas da instituição poderiam cumprir com mais facilidade a preservação da memória da engenheira.

O complexo Teixeira Soares compreende o edifício principal, que tem aproximadamente 9.500 metros quadrados, além de uma biblioteca com 2.200 metros quadrados (o anexo A), e um segundo edifício de 9 andares ( o anexo B), com 11 mil metros quadrados. O complexo deve receber o setor de educação da instituição que hoje fica no prédio da Reitoria. O centenário de nascimento de Enedina Marques foi comemorado em janeiro deste ano. Ela morreu em 1981, aos 68 anos de idade.