RIO DE JANEIRO, RJ, 1 de abril (Folhapress) – A partir do próximo sábado a brigada Paraquedista ocupará o complexo da Maré, na zona norte do Rio. O ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou uma diretriz determinando o uso da tropa em missão de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), após pedido do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

Com a GLO, o Exército passa a ter poder de polícia durante a ocupação, podendo efetuar prisões em flagrante, patrulhamento e vistorias. O comando da operação será do general Roberto Escoto, comandante da Brigada Paraquedista.

O acordo prevê que a ocupação aconteça até 31 de julho, após a Copa do Mundo. Depois disso será feita uma avaliação, o que pode levar que o Exército permaneça no complexo de 15 favelas até as eleições.

De acordo com a diretriz assinada por Celso Amorim, a GLO se dará nas seguintes localidades: praia de Ramos, parque Roquete Pinto, parque União, parque Rubens Vaz, Nova Holanda, parque Maré, Conjunto Nova Maré, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Bento Ribeiro Dantas, Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros, Conjunto Novo Pinheiros (Salsa & Merengue), Vila do João e Conjunto Esperança.

Desde anteontem, policiais militares e civis do Rio ocupam o complexo de favelas que tem cerca de 130 mil moradores. Para a invasão foram usados blindados da Marinha que serviram de transporte para os policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do BpChoque.

A ideia é que as forças de segurança se mantenham no local até a entrada do Exército. Quando os paraquedistas ocuparem a Maré, policiais militares não poderão fazer incursões ou rondas na região.