O volante Marino, do São Bernardo, registrou queixa na Demafe (uma delegacia móvel que funciona dentro dos estádios em dia de jogos), contra dois torcedores do Paraná Clube. Ele afirmou que foi xingado de macaco e gorila. Racismo é crime previsto no Código Penal, com pena de prisão de um a três anos e multa.
O delegado-adjunto Fabio Lopes, da Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol), afirmou que ouviu o depoimento de Marino e de outras testemunhas. Foi confeccionado o boletim de ocorrência. Fizemos oitiva do jogador Marino e de algumas testemunhas. O inquérito policial foi instaurado, declarou. Fabio Lopes avisou que buscará imagens das câmeras de segurança do estádio e avisou que qualquer pessoa pode colaborar com a investigação. Pode ajudar qualquer informação, até do torcedor do Paraná e de quem conhece esse cidadão, comentou.
Marino foi expulso de campo aos 47 minutos do 2º tempo. Quando se dirigia ao vestiário, foi xingado por dois torcedores que se aproximaram do alambrado. Um segurança do próprio Paraná viu e tentou pegar o cara, mas ele fugiu, disse Marino, que afirmou que pode identificar os autores do crime através de imagens. O que eu puder fazer para pegar esse cara, eu vou fazer, declarou. Meu sentimento é de raiva. É lamentável, comentou. É a primeira vez que isso acontece comigo, contou.
O presidente do São Bernardo, Luiz Fernando T. Ferreira, lamentou o ocorrido. O Paraná não tem culpa, mas são dois torcedores do Paraná. Vamos relatar isso ao árbitro em súmula e registrar em boletim de ocorrência, declarou. Isso tem que ser banido do futebol.
O presidente do Paraná Clube, Rubens Bohlen, foi ao vestiário do São Bernardo para conversar com o jogador.
