SÃO PAULO, SP, 23 de março (Folhapress) – O reservatório de água do Sistema Cantareira, o principal fornecedor de água para a Grande São Paulo, registra hoje 12% de sua capacidade total. Esse é o nível mais baixo desde a sua inauguração há 39 anos.

A Sabesp e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que descartavam um racionamento, admitiram a possibilidade nesta semana.

Projeções da Sabesp sobre a adoção de um racionamento na Grande São Paulo apontam que a maioria da população ficaria no mínimo dois dias seguidos sem água para cada dia de abastecimento.

Em razão da topografia, regiões mais altas e periféricas poderiam ficar com suas torneiras secas por até cinco dias consecutivos, dada a complexidade da operação para ligar e religar os sistemas de adutoras e tubulações.

Em alta desde outubro, o número de reclamações contra a Sabesp por falta de água bateu recorde em 2014 no Estado de São Paulo -em janeiro, foram 212 queixas, o índice mais alto registrado no período de um ano.

Os dados são da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia). Somadas às 143 reclamações de fevereiro, a insatisfação com abastecimento mais que dobrou em relação ao primeiro bimestre de 2013.

Na quinta-feira, a Polícia Civil prendeu dois homens sob suspeita de furtar água na Grande São Paulo. Um deles é dono de uma churrascaria e o outro de sete pensões.

O dono de uma fábrica de gelo em Taboão da Serra (Grande SP) também é investigado por furtar até R$ 13 mil por mês em contas de água nos últimos anos.