Os dois acusados de assassinar o delegado de Pontal do Paraná, José Antônio Zuba, e o funcionário público Adilson da Silva, foram condenados em julgamento realizado, nesta semana, no Tribunal do Júri de Matinhos. O julgamento começou às 9 horas do dia 14 de abril e se estendeu até o fim da noite de terça-feira (15 de abril). Paulo Roberto Pereira Quinta, conhecido como Tutancâmon, foi condenado a 46 anos de prisão em regime fechado. Já Francisco Diego Vidal Coutinho, o Russinho, recebeu pena de 20 anos de reclusão.

O crime ocorreu em agosto de 2010, quando o delegado Zuba, acompanhado do servidor publico e de duas investigadoras, foi até um camping de Pontal do Paraná para investigar uma denúncia. Quando da chegada dos policiais, os acusados, em número de quatro, abriram fogo contra o grupo, assim que eles se identificaram com policiais. Após o crime, três atiradores fugiram em dois carros em direção a Santa Catarina. Uma grande operação policial foi desencadeada para a captura dos acusados. Dois fugitivos, que também teriam participado da execução do delegado e do servidor público, morreram durante a perseguição, em confronto com a polícia. Na oportunidade, Tutancâmon foi preso, enquanto Russinho foi preso ainda na cidade de Pontal do Paraná, em frente ao camping, local dos fatos.

Segundo a promotora de Justiça Rosany Pereira Orfon, a pena de 46 anos foi atribuída a Tutancâmon não apenas pelos homicídios qualificados, mas também por formação de quadrilha, crime de resistência, porte ilegal de arma (por quatro vezes) e furto qualificado. Já Russinho foi condenado por participação nos dois homicídios, formação de quadrilha e porte ilegal de arma (por seis vezes).