BRASÍLIA, DF, 16 de abril (Folhapress) – A Justiça do Distrito Federal tornou réus 19 pessoas acusadas de envolvimento no “mensalão do DEM”, incluindo o ex-governador José Roberto Arruda, que chegou a ser preso e é pré-candidato ao governo em 2014.

Ao aceitar a denúncia, o juiz Atalá Correia, da sétima vara criminal, considerou que há indícios mínimos no caso e abriu prazo para a defesa. “A peça acusatória apresenta a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, em descrição compreensível, bem como a qualificação dos acusados e os esclarecimentos pelos quais se possa identificá-los. Estão presentes, ainda, a classificação dos crimes e o rol das testemunhas”, escreveu o juiz, ao aceitar a denúncia.

A denúncia havia sido oferecida originalmente em 2012 pela Procuradoria-Geral da República ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), como resultado da operação Caixa de Pandora. Mas o tribunal decidiu desmembrar o processo para os réus sem foro privilegiado.

A operação Caixa de Pandora investigou um esquema de coleta e distribuição de propinas entre membros do governo Arruda e deputados distritais. O caso ficou notório após Arruda ser flagrado em vídeo recebendo dinheiro do delator do esquema, Durval Barbosa. A investigação foi feita pela Polícia Federal e Ministério Público do DF e Federal.

A ação aceita pela Justiça do DF é assinada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). É esse grupo de promotores que os advogados de defesa querem retirar do caso e, por consequência, anular o processo. Os advogados negam ainda irregularidades e envolvimento no esquema.