SÃO PAULO, SP, 17 de abril (Folhapress) – O índice de óbitos infantis registrados na Grande São Paulo permanece estável desde 2011. Dados da Fundação Seade divulgados hoje mostram que a taxa é de 11,6 óbitos para mil nascidos vivos em 2012 –em 2011, ela foi de 11,41.

Nas extremidades das regiões norte e sudoeste, no entanto, a concentração de casos continuam maiores, principalmente nos distritos da Brasilândia, Jardim Ângela, Grajaú, Guaianazes e São Mateus. O relatório do Seade não discrimina o índice de óbitos nessas regiões.

Segundo o estudo, a predominância recorrente das mortes infantis nessas regiões é causada por carências estruturais, como deficiência das políticas de atenção à saúde materno-infantil e condições habitacionais precárias, que envolvem saneamento e urbanização.

Causas

O instituto separou ainda os óbitos neonatais precoces (crianças com menos de uma semana de vida) dos óbitos pós-neonatais (crianças com 28 dias e menos de um ano). As mortes precoces representaram 50% do total de óbitos infantis, sendo que as causas perinatais e as malformações congênitas respondem por 99,2% deles.

Entre as mortes pós-neonatais (30% do total), as principais causas são malformações congênitas (26,9%), doenças do aparelho respiratório (15,7%) e doenças infecciosas e parasitárias (14,3%).

De acordo com o Seade, em 2012 foram registrados 3.676 óbitos infantis na região metropolitana de São Paulo, dos quais 1.992 foram na capital e 1.684 nos demais municípios.