Promovenezia, Terme Euganee, Marca Treviso, Dolomiti, Lago di Garda, Verona TuttIntorno, Bibione Live e Marco Polo Travel vão estar em São Paulo durante o período de 23 a 25 de abril, durante a realização do WTM – World Travel Market Latin America –, para promoção da região do Vêneto no Brasil.

Já na manhã do dia 23, os profissionais italianos recebem operadores de turismo no Hotel Meliá Paulista, fazendo capacitação para o destino sob a chefia de Claudio de Donatis, Chefe da Diretoria de Promoção do Turismo Integrado da região do Vêneto. O treinamento vai continuar online grátis para operadores e agentes de viagens brasileiros. E no segundo semestre, serão realizados eventos de promoção turística no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Destino que é o mais visitado da Itália e só em 2013 recebeu 62 milhões de turistas, – entre os quais 367 mil brasileiros –, posicionando o Brasil em décima oitava colocação no ranking internacional.

O Vêneto é formado por sete províncias localizadas no nordeste da Itália: Veneza (cidade única no mundo e admirada por todos), Belluno (porta de entrada do mundo mágico das Dolomitas), Padova (reconhecida pela Basílica de Santo Antonio), Rovigo (famosa pelo Delta do Pó), Treviso (local das colinas do Prosecco), Verona (palco da Arena de Verona e de Romeu e Julieta) e Vicenza (onde é imperdível visitar o Teatro Olímpico). Reúne em uma área de mais de 18 mil km², atrações para todos : montanhas, águas termais, lagos, cidades históricas, praias, que integram o universo de belezas naturais , paisagens únicas, cidades históricas e marcos religiosos.

Atração para os brasileiros, a região inclui oportunidades para compras, com produtos vindos diretamente das principais fábricas da indústria da moda, além de visitas aos produtores de vinhos e de artesanato. E está incrementando o turismo religioso, sempre procurado no Brasil. Os projetos incluem caminhos da fé, com roteiros por igrejas, mosteiros, monumentos religiosos.

Fotos: Dayse Regina Ferreira

Mármores brancos e pedras de Istria rendadas fazem as fachadas venezianas

COMER, BEBER E SER FELIZ
O Vêneto ocupa o primeiro lugar na Itália em produção de vinhos de qualidade, com cerca de 20 zonas DOC, oferecendo uma gama diversificada e completa, além de diversos produtos com marca de qualidade certificada, ligada à origem (DOP) ou à procedência geográfica (IGP).

A cozinha do Vêneto é tradicional, com receitas que utilizam com criatividade os produtos regionais: do peixe de mar ao peixe de água doce; da carne de criação à caça selvagem; dos inúmeros queijos aos salames; das frutas e verduras ao indispensável azeite de oliva. São assim os aspargos brancos de Cimadolmo, a cereja de Marostica, o feijão de Lamon, o radicchio rosso de Treviso, o radicchio pintado de Castelfranco Veneto e o arroz Vialone nano veronese.São de denominação de origem controlada os vinho do Consorz di Tutela.


Nada mais fotogênico do que uma ou várias gôndolas

A PEQUENA GRANDE ITÁLIA
A piccola Itália é apenas um pouco maior do que o Rio Grande do Sul. Mas oferece um número surpreendente de atrações de alto nível: tem cerca de 100 mil igrejas, 50 mil prédios históricos, 6 mil bibliotecas e 3 mil museus.

Isso, sem falar nas praças, fontes, monumentos, onde estão ao ar livre obras de arte assinadas por Michelangelo, Rafael, Leonardo da Vinci, Caravaggio, Boticelli, Bernini. A Itália continua transformando seu patrimônio histórico, reciclando, restaurando, repensando tudo. Um bom exemplo é o novo Coliseu.

E é bom saber: o país peninsular é o que possui o maior patrimônio artístico e cultural da humanidade. A Itália, da cozinha saudável, forte e saborosa; da excelência do design e dos produtos industriais; das roupas, sapatos e acessórios que são o sonho de consumo de todo o planeta, está esperando por você.

Porque, como dizia Federico Fellini, o mais conhecido e genial diretor de cinema italiano, os motivos de conhecer a Itália são A paisagem, o céu, as obras de arte, a beleza metafísica de certas praças, a graça de certas cidadezinhas, torres e monumentos. E também o caráter cordial e laborioso de muitos italianos, o profundo sentimento cristão da compreensão e da tolerância, mesmo quando me sinto tentado à dúvidas que ainda existam.


Veneza é Arte, cercada de água por todos os lados

JARDINS SECRETOS DE VENEZA, A SERENÍSSIMA
São mais de 150 ,conhecidos de poucos. Pequenos ou suntuosos, alguns desaperscebidos, fazem os mistérios de Veneza ainda mais românticos. Alguns são minúsculos, como fazzoletti –(tamanho de um lenço)–, dizem os venezianos. Outros suntuosos, como parques. Geométricos ou selvagens, muito bem cuidados ou destinados ao esquecimento, fechados com portões impenetráveis ou abertos diretamente para o Canal Grande.

Ninguém fez o censo, poucos os conhecem, muitos apenas ganham olhares furtivos de turistas mais interessados nos palácios, museus, lojas e restaurantes. Mas são 150. E até os mais secretos, já podem ser visitados. É um mundo à parte em Veneza, silencioso, separado de tudo por muros rendados, junto de poços antigos, árvores seculares, bancos de pedra já desgastada pelo tempo. Com estátuas por onde sobem o musgo e a hera, trepadeiras que parecem arabescos, Venus de mármore junto de Netuno, querubins perto de fontes, caminhos, pérgolas.

Os jardins venezianos eram lugares de meditação, de passeios, de encontros amorosos, oásis de paz poupados da erosão marinha, realizados com um esforço sobre humano entre os séculos XVI e XVIII, quando Veneza teve a maior quantidades de jardins de toda Itália. Foram a paixão de Gabriele D’Annunzio e de Eleonora Duse, e também de Tiziano que, quando não estava pintando, passava o tempo cultivando rosas em San Canciano.


Rialto, sua ponte, seu mercado ao ar livre, suas tavernas e bares, centro vital da cidade

NEM TODOS PERMITEM VISITAÇÃO
Hoje os jardins seguem o destino dos palácios: são abandonados ou cultivados com paixão maníaca dos herdeiros das famílias nobres venezianas, que sustentam a peso de ouro os sete jardineiros da Sereníssima. Muitos continuam sendo guardados a sete chaves, vislumbrados apenas do alto dos muros de pedra ou revelados pelo perfume das rosas e outras flores que se espalham pelo gramado.

Ou são descobertos pela presença de árvores altas, que sobressaem além dos muros, como os ciprestes originários de Chipre, onde reinava a veneziana Caterina Cornaro, e que lembram o grande intercâmbio entre Veneza e o Oriente. A melhor época para descobrir os jardins de Veneza, é claro, é a primavera. Quando as grandes ondas de turistas ainda não tomaram conta da cidade e o sol aparece debaixo da névoa.

Existem roteiros de 4 horas ou de dia inteiro, para visitação com guia e descobertas do extraordinário trabalho de reposição de terra, que a água alta do outono normalmente rouba dos jardins, estragando os cuidados de um ano inteiro .Muradas,balaústres, paredes com reentrâncias fazem o milagre de proteger a vegetação, criando uma espécie de cortina, indispensável para a sobrevivência das plantas.

É assim que crescem os mosaicos de cores com louro, árvores frutíferas, magnólias, rosas e até plantas de montanha, que acompanham as pedras das cavas de Istria e se fixam em monumentos. Entre os jardins mais bonitos se destaca o do palazzo Cappello Malipiero em San Samuele, com suas balaustradas de mármore branco perto da água, com uma explosão de gerânios vermelhos junto de um desfile de estátuas.

O jardim Brandolini d’Adda em San Barnaba, é famoso pela fachada com recortes em forma de coração e pelo portão de ferro trabalhado. Pequeno e delicado é o jardim Fullin em Zattere, que faz o contorno de uma pérgola recoberta de glicínias seculares sustentadas por colunas de pedra de Istria.

O horto da clausura do Convento das Clarissas, na Giudecca, parece um pedaço do campo esquecido na laguna. Junto do caminho e da arcada para meditação, crescem abobrinhas, alfaces, espinafre e tomates, enquanto um pequeno roseiral protege a estátua da Madonna, perto do muro.

Há outros jardins que podem ser visitados sem guia, dentro de claustros de igrejas ou mesmo na porta de um restaurante, decorando a entrada de um museu ou tornando ainda mais agradável a estada em uma pousada. Um jardim assim é o da Questura, em San Lorenzo. O jardim de Ca’Zenobio, em Carmini, hoje Collegio degli Armeni, foi projetado no século XVII para a família Zenobio, amiga das artes, das letras e das plantas. O parque, aberto ao público, é um dos mais majestosos da cidade.

Perto dali, no restaurante e pousada Da Montin, o proprietário foi quem sempre cuidou todas as manhãs das azaléas, podando e reformulando o jardim, para que pudesse durar mais um século. Era junto do verde e das flores que Gabriele D’Annunzzio passava tardes inteiras escrevendo cartas e poesias. Em um dos nove quartos da pousada , no primeiro andar, se instalou por longos períodos. O quarto era o número 12, que se manteve idêntico na atmosfera e na decoração.


No La Madonna, o melhor riso nero (no molho de sépia) da região

No museu Peggy Guggenheim, o espaço esterno é um jardim com terraço e cafeteria, verdadeiro museu a céu aberto, com obras de Henry Moore, Alberto Giacometti, Marcel Duchamp, Max Ernst. São mulheres esguias, cavalos imaginados, frutas gigantescas que tomam chuva, cozinham no sol do verão, respiram a névoa de Veneza. No fundo, à esquerda, o túmulo da rica e excêntrica colecionadora americana, junto com os 14 cachorros que ela criou, lembrados pelo nome, data de nascimento e data de morte.

Em Dorsoduro, e em Zattere em particular, está o pulmão verde de Veneza, com os jardins de estilo inglês de Rocca, de Rusconi e Casellati. Na Pensione Villa Accademia o verde invade calçadas e canais. Quatro dos apartamentos – 15, 16, 18 e 20 – dão vista para o roseiral e os vinhedos, cujas uvas são servidas nas mesas ao ar livre para o café da manhã.

No hotel Cipriani, na Giudecca, famoso pela elegância e por hospedar nomes de destaque, tem fama também por causa do seu verde, cuidado desde o século XVI, quando era cultivado o horto botânico da mulher do doge Loredana Mocenigo Marcello. Naquele tempo , tanto Veneza quanto Viena, eram o centro do comércio de flores. No jardim, que não existe mais, Patarol ala Madonna dell’Orto, em Cannaregio, eram cultivadas mais de 180 variedades de rosas, muitas delas nem eram conhecidas na Península.

É a ilha Giudecca que mantém a mais alta concentração de verde da cidade, com plantas raras. No Centro culturale dele Zitelle, aberto ao público, junto da igreja de mesmo nome, há um verdadeiro prado inglês, com suas estátuas de mármore. No outro lado de San Marco, em Castello, o verde ganha vida em San Francesco dela Vigna, parecendo mesmo um campo interiorano. Junto da igreja, que recebeu o nome por causa do vinhedo plantado em 1253 pelo filho do doge Pietro Ziani, o horto era lugar de meditação dos frades e uma harmoniosa mistura de plantas, flores, árvores frutíferas, vinhedos, tendo ao redor as colunas renascentistas.

São descobertas assim, que fazem o encantamento de uma viagem ao Vêneto, com tantas cidades e atrações diferentes, cada uma com suas historias e tradições. Siga Marco Polo. Ou o Anônimo Veneziano. Ouvindo tudo o que Antonio Vivaldi criou para a Eternidade.