A Justiça Federal notificou a Universidade Federal do Paraná (UFPR) na tarde desta quinta-feira (17) sobre a ilegalidade da greve dos servidores do Hospital das Clínicas. A decisão é do juiz federal Eduardo Fernando Appio que considera ilegal a paralisação, deflagrada no mês passado.

No despacho, o magistrado ordena que a universidade desconte em folha os dias parados dos servidores em greve e instaure sindicância administrativa disciplinar individualizada para apurar eventual ofensa ao Estatuto do Servidor Público Federal.

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão parados desde o dia 20 de março. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), são 2.900 funcionários em todo o estado.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão o piso de três salários mínimos, a antecipação da parcela do reajuste que está programada para 2015, além da revogação das leis que criaram a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público (FUNPRESP).

Para o diretor do Sinditest Márcio Palmares, a greve foi necessária já que o governo federal não tem atendido as reivindicações dos trabalhadores da educação e da saúde. Hospitais e universidades estão em colapso, mas o governo só tem dinheiro para empreiteiras, complementou Márcio. Em 2012, a categoria entrou em greve por 60 dias.

A greve vai afetou o atendimento no Hospital de Clínicas (HC), vinculado à UFPR. De acordo com Palmares, inevitavelmente, todos os setores terão o atendimento comprometido. Vamos manter 30% dos funcionários nos setores considerados essenciais. Mas os procedimentos eletivos são ser paralisados, explicou o diretor do Sinditest.