O corpo do escritor colombiano Gabriel García Márquez, morto ontem na Cidade do México, aos 87 anos, será cremado, informou sua família em um comunicado.

“Os restos do escritor serão cremados em privado”, de acordo com nota lida pela diretora do Instituto Nacional de Belas-Artes, María Cristina García, aos jornalistas de plantão na frente da residência do escritor.

María Cristina, que leu o comunicado a pedido da família do escritor, não especificou a data da cremação, nem o destino final dos restos mortais do ganhador do Nobel de Literatura, mas antecipou que, na funerária onde o corpo se encontra, “não serão realizadas honras fúnebres”.

Ela lembrou ainda que, na próxima segunda-feira, a partir das 16h (horário local), acontece a homenagem nacional a García Márquez no Palácio de Belas-Artes da capital mexicana. Lá, “o público poderá celebrar seu legado”, afirmou.

Acompanhada de Jaime Abello, diretor da Fundação Novo Jornalismo Ibero-americano –criada e presidida por García Márquez–, María Cristina afirmou que esta é a única informação que vai ser divulgada sobre a morte do escritor colombiano.

“A ideia agora é repousar, descansar e recuperar um pouco de tranquilidade”, acrescentou Abello, aconselhando os vários jornalistas que passaram o dia todo na porta da casa a irem descansar.
Interrogado sobre as causas da morte do escritor, Abello disse: “Os médicos o dirão posteriormente, suponho”.