Por Lúcio Flávio

BRASÍLIA, DF, 18 de abril (Folhapress) – A morte do escritor colombiano Gabriel García Márquez pegou de surpresa os participantes do debate “A produção, o leitor e o mercado editorial”, realizado ontem na 2ª Bienal do Livro e da Literatura, em Brasília.

A notícia foi dada ao público do encontro pelo poeta e jornalista José Carlos Viera, um dos membros da mesa.

“cabo de receber uma notícia triste de que o escritor Gabriel Garcíia Márquez, o Gabo, acaba de falecer”, disse o convidado, que é editor do caderno de cultura do jornal “Correio Braziliense”.

Em depoimento à reportagem, o escritor moçambicano Mia Couto disse que o legado deixado por Gabo não o deixará morrer.

“Acho que não há morte para uma pessoa como ele que se converteu nessa grande obra, uma obra infinita que vai além da pessoa. Tenho uma sensação estranha de uma tristeza, mas não vai ocorre esse desaparecimento dele”, declarou o escritor moçambicano.

Um painel localizado no centro da Bienal estampou uma grande foto do autor de “Cem Anos de Solidão” acompanhado de algumas de suas frases marcantes.

“O primeiro livro que li, do começo ao fim, eu tinha 17, 18 anos, foi “Cem Anos de Solidão’. Uma obra que me marcou muito, clássico dos clássicos”, lembrou o poeta Nicolas Behr, logo após o debate.

Antes de começar o seminário O golpe, a ditadura e o Brasil: 50 anos, o poeta Thiago de Mello, bastante emocionado, pediu que o público levantasse e saudasse com uma salva de palma a vida do grande escritor latino-americano Gabriel García Márquez.

“Ele foi um dos maiores romancistas deste século, escrevendo uma obra que falou da liberdade, da justiça e da beleza da natureza humana”, afirmou.