SÃO PAULO, SP, 21 de abril (Folhapress) – As cinzas do escritor colombiano Gabriel García Márquez foram recebidas com aplausos pelo público no Palácio de Belas Artes da Cidade do México, onde chegaram por volta das 16h15 do horário local, trazidas diretamente da casa onde ele vivia na capital há mais de três décadas.

O governo do país organizou uma homenagem oficial para que os admiradores de sua obra pudessem se despedir, uma vez que o corpo havia sido cremado numa cerimônia privada, apenas com a presença de familiares.

O cortejo que levava a urna do escritor fez o trajeto cercado por 20 patrulhas de polícia e cerca de 50 batedores. O chamado “santuário das artes” do México se preparou para receber a homenagem, da qual participam os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e do México, Enrique Peña Nieto.

Cerca de 10 mil rosas amarelas, sua companhia na hora de escrever, foram distribuídas pelo local.

Ainda foi trazido ao palácio um retrato gigante do autor com uma de suas frases mais famosas, “a vida não é o que alguém viveu, mas a que alguém recorda e como a recorda para contar”. O escritor colombiano e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez morreu na última quinta-feira, aos 87 anos.

Após um período de oito dias de internação no início de abril por causa de uma pneumonia e de uma infecção respiratória, García Márquez recebeu autorização para voltar para casa, mas sua mulher, Mercedes Barcha, e seus filhos já tinham admitido que sua condição de saúde era “muito frágil”.