O goleiro Weverton, 26 anos, completaria em junho dois anos consecutivos como titular absoluto do Atlético Paranaense. Algo raríssimo na história recente do clube. Com 92 jogos oficiais, é o goleiro com mais partidas pelo Furacão nos últimos nove anos.

No entanto, antes de estreia no Campeonato Brasileiro, no último domingo contra o Figueirense, Weverton foi informado que seria reserva de Santos. Recebi com surpresa. Não foi fácil para mim, declarou. Desde que cheguei lutei para ser titular e não foi fácil, porque é uma torcida que exige, que cobra com razão. Não esperava (ser reserva), disse.

O goleiro revelou que ninguém explicou por que ele perdeu a posição. Ninguém me epxlicou porque que eu ia jogar, então também não tem que explicar porque eu não vou jogar, comentou. Sou funcionário do clube, afirmou. Tenho que respeitar a decisão, completou. O clube tem que procurar o melhor para o clube e para os jogadores. Agora a gente tem que trabalhar. Estou aqui para ajudar. O clube paga em dia para isso, justificou.
Para ele, a decisão não foi técnica. Não tenho que recuperar a posição nos treinamentos. Eu vinha fazendo meu trabalho. A decisão creio que não seja técnica. A decisão é em outro local. Tenho que respeitar, declarou.  


Após a eliminação na Copa Libertadores, o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, rescindiu o contrato do atacante Adriano Imperador, afastou 13 jogadores para o time B e declarou que o CT do Caju virou a casa da mãe Joana. Sobre essas ações, Weverton não confrontou o dirigente. A gente tem que respeitar a hierarquia. O presidente está certo, ninguém tem que mandar mais que ele. Tudo que acontece no clube passa por ele, opinou.

Para Weverton, essas decisões não representam um desrespeito aos jogadores. Não está faltando respeito. Cabe a nós jogadores respeitar a decisão, disse. Não ganhei nada dentro do clube. Mas acho que honrei a camisa. Quando o Miguel (Angel Portugal, treinador) precisar de mim, vou estar 100%.  Aqui quem vai ganhar é o Atlético, comentou. Mais ajudei do que atrapalhei. Tenho que continuar meu trabalho, completou.