O Palácio Rio Branco volta a sediar, a partir de hoje, as sessões plenárias da Câmara Municipal de Curitiba. Além da restauração do edifício e do mobiliário, as novidades são as cinco câmeras digitais para a transmissão ao vivo pela internet e o novo sistema de som. O sistema eletrônico de presença e votação já foi implantado e passará por uma fase de testes, com o treinamento dos vereadores.

TV Câmara
A última sessão ordinária realizada no edifício histórico — reinaugurado no último dia 27, em solenidade comemorativa aos 321 anos da capital — foi em 30 de junho de 2010. Após o recesso parlamentar daquele ano, o plenário foi transferido para o auditório do Anexo II. O Palácio Rio Branco foi entregue ao povo no último mês e agora as sessões ordinárias serão transferidas para o prédio restaurado, com novo som, mobiliário, sistema eletrônico de presença e votação e transmissão pela internet. Está tudo preparado para o próximo passo deste processo, que é a implantação da TV Câmara, diz o presidente da Casa, vereador Paulo Salamuni (PV).

Pauta
A pauta inclui substitutivo geral à proposta que atribui à Comissão Executiva da Câmara dispor, por meio de portaria, sobre as adaptações necessárias aos servidores com carga horária inferior a 40 horas semanais, sobre o funcionamento durante os períodos de recesso parlamentar, a concessão e suspensão de licença-prêmio e férias e, para os servidores efetivos, controle da frequência e implantação do banco de horas. Também haverá o segundo turno do projeto de lei do prefeito que reduz a jornada de trabalho de servidores da saúde municipal.

Fogo amigo
A dobradinha entre o senador Roberto Requião (PMDB) como candidato ao governo e o deputado federal Marcelo Almeida (PMDB) para o Senado já começou a ser bombardeada dentro do partido. O fogo amigo veio do secretário-geral do PMDB curitibano, Doático Santos, que apelidou a chapa de Pedágio Velho de Guerra, uma referência ao fato de Almeida ser um dos sócios da Ecovia, que opera o pedágio na BR-277 entre Curitiba e o Litoral. Segundo essa versão, a união dos dois colocaria por terra o discurso de Requião de abaixa ou acaba contra o pedágio.

Guerra aberta
O clima no PMDB, que já é de guerra aberta, deve esquentar ainda mais nos próximos dias, à medida que se aproxima o prazo fatal de 30 de junho para que a legenda defina de vez qual o rumo que tomará na eleição para o governo. Tanto que proliferaram nos últimos dias – mesmo durante o feriadão – as mais diversas especulações sobre o futuro do partido. Uma delas apontava um suposto acordo no qual o ex-goverrnador Orlando Pessuti abriria mão de suas pretensões em disputar o governo em prol da aliança com o governador Beto Richa (PSDB), em troca da indicação para conselheiro do Tribunal de Contas. Outra garantia que Requião teria feito um acordo com a senadora Gleisi Hoffmann (PT) para que os dois se unissem contra Richa em prol de um segundo turno.

Prioridades
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), afirmou no final de semana que o governo brasileiro não está em condições de se meter mais uma vez em patrocinar projetos de infraestrutura no exterior, já que as condições neste setor em território nacional são as piores possíveis. Segundo reportagem de O Globo, publicada neste domingo, a gestão de Dilma Rousseff mantém conversas com o Uruguai no sentido de apoiar a construção de um porto em Rocha, cidade a 288 quilômetros de Rio Grande (RS), onde está um dos mais importantes portos brasileiros.

Inversão
O apoio ao projeto uruguaio, segundo os estudos atuais, é de R$ 1 bilhão. É um absurdo total o governo brasileiro tentar mostrar serviço lá fora, a um custo altíssimo para os cofres públicos, e quando as condições dos nossos portos exigem que este dinheiro seja investido por aqui. Temos provas recentes desta gestão desastrosa em ambiente internacional. Basta ver a refinaria de Pasadena, o Porto Mariel, em Cuba, entre outros, criticou Bueno. Será que esta é mais uma tentativa de o PT afundar os negócios brasileiros, já que este porto pode tirar cargas do Brasil?, questionou o parlamentar.

Marco civil da internet
Senadores de base aliada querem  acelerar a votação do projeto que cria o Marco Civil da Internet. A estratégia é aprovar o texto até amanhã, quando a presidente Dilma Rousseff participa em São Paulo de conferência internacional sobre internet. O senador Alvaro Dias (PSDB) disse que não houve debate suficiente. A Câmara teve tempo, discutiu, analisou, alterou. Nós temos que aprofundar a discussão sobre esse assunto, que é importante do ponto de vista da liberdade de expressão. Se o governo deseja votar rapidamente, em regime de urgência, fica sob suspeição.Não é possível votar um texto dessa importância correndo porque a presidente quer um troféu para exibir, alega Alvaro.

Em alta
O Paraná criou 45.671 EMPREGOS COM CARTEIRA ASSINADA no primeiro trimestre do ano. Em março, o estado teve o quarto melhor desempenho do país na criação de empregos com um saldo de 5.940 postos de trabalho, equivalente ao crescimento de 0,22% em relação a fevereiro.

Em Baixa
Levantamento feito com dados dos conselhos tutelares de todo o país revela que PAIS E MÃES são responsáveis por metade dos casos de violações aos direitos de crianças e adolescentes, como maus-tratos, agressões, abandono e negligência.