O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), desembarca hoje em Foz do Iguaçu (região Oeste), para o primeiro evento no Paraná desde que ele foi confirmado como pré-candidato do PSB à sucessão presidencial. Ele escolheu o Sul do Brasil para iniciar seu giro pelo país, agora oficialmente tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Além do prefeito da cidade, Reni Pereira (PSB), ele será recebido também pelo prefeito de Cascavel, Edgar Bueno (PDT).

Reivindicações
Em Foz, Campos vai receber um documento da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) com reivindicações das prefeituras de programas e obras de infraestrutura. Também forma o Oeste paranaense as cidades de Medianeira, Palotina, Assis Chateaubriand e Marechal Cândido Rondon. O presidenciável pelo PSB também fará uma palestra para prefeitos do Oeste do Paraná, e deverá reforçar um dos principais motes do seu discurso, que é a revisão do Pacto Federativo, cuja finalidade é descentralizar os recursos da União.

No páreo
O ex-deputado federal Léo de Almeida Neves está de olho no vácuo deixado por Osmar Dias e o deputado federal André Vargas (PT), que até outro dia postulavam alcançar a única vaga reservada ao Senado no Paraná. Osmar, que é vice presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, abriu mão da candidatura enquanto André Vargas sucumbiu após virem a tona denúncias de sua proximidade com o doleiro preso Alberto Yousseff. Almeida Neves enviou carta ao presidente estadual do PDT, Osmar Dias, informando que é pré-candidato ao Senado no pleito de outubro próximo. Segundo ele, caso seu partido confirme coligação com o PT, de Gleisi Hoffmann, o PDT não poderá abrir mão de disputar a cadeira.

Mínimo regional
A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa aprovou, ontem, parecer ao projeto do governdo que reajusta o novo piso regional no Estado em 7,34%, a partir de 1º de maio. O novo piso será aplicado em quatro faixas salariais, que variam de R$ 948,20 a R$ 1.095,60.

Nacionalismo
O senador Roberto Requião (PMDB) cobrou ontem uma posição dos candidatos à Presidência da República e dos partidos sobre a venda de ações do Banco do Brasil para estrangeiros. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso permitiu à época a compra de 5% das ações. O ex-presidente Lula subiu o patamar para 20%. E agora a presidente Dilma Rousseff ampliou para 30%. Não é ingresso de capital. É liberdade para que estrangeiros comprem na Bolsa ações de acionistas brasileiros. E a do Banco do Brasil não está nos melhores momentos, alegou o senador.

Dividendos
Requião lembrou que os dividendos pagos pelo valor das ações pelo Banco do Brasil somaram 9,8%. No Bank of America 0,25% e no Banco Itau, 3,4%. Então, que sentido tem permitir que estrangeiros comprem ações do Banco do Brasil? Não tem nenhum. Porque sequer é aumento do capital. É simplesmente a possibilidade de abrir as ações do Banco do Brasil para especulação por estrangeiros. Por que a Dilma fez isso? Por que o Banco Central autorizou? Por que o Banco do Brasil pediu? É alguma coisa para favorecer os interesses privados no mercado e não o interesse de brasileiros no mercado. Acho isso rigorosamente um absurdo, afirmou o peemedebista.

Surf no ônibus 
As empresas de ônibus intermunicipais que operam no Litoral (Graciosa e Marumbi) terão que apresentar uma solução para o transporte de pranchas em suas linhas metropolitanas. É o que ficou definido em reunião, ontem, no Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que ficará responsável por regulamentar a lei que obriga as empresas a reservarem no mínimo 5% da sua frota com bagageiros apropriados para os equipamentos. A reunião foi agendada pelos deputados Rasca Rodrigues (PV) e Pastor Edson Praczyk (PRB), autores do projeto que deu origem à Lei, para cobrarem a sua regulamentação, já que a Lei está em vigor há dois meses e as empresas ainda não tomaram providências a respeito.

Regulamentação
As empresas Graciosa e Marumbi, que são do mesmo proprietário, serão convocadas para um reunião conjunta na primeira semana de maio, segundo o diretor-geral do DER, Nelson Leal Junior.. Queremos que a Lei seja cumprida. Agora vamos sentar com as empresas, que alegam que falta essa regulamentação do DER e esperamos que isso coloque em prática a Lei. Caso não resolva, iremos ao Ministério Público, afirmou o deputado Rasca.