O Governo do Estado reafirmou o compromisso com a valorização do magistério estadual e propôs nesta quinta-feira (24/04) uma compensação financeira pelos 3,33% de hora-atividade, principal item da pauta do sindicato da categoria para organizar a greve que afeta parte das escolas estaduais.  A direção da APP-Sindicato, que representa os professores e funcionários em greve,  afirmou aos representantes do governo que a proposta apresentada ainda é insuficiente, pois não atende reivindicações importantes, mas o sindicato irá submetê-la a avaliação do Comando Estadual de Greve, bem como da categoria. Agora, a direção da APP está convocando o Comando de Greve Estadual para analisar, neste sábado (26), a proposta do governo e avaliar a convocação da assembleia geral da categoria. Segundo a APP a greve continua nesta sexta (26).

O sindicato orienta a continuidade das visitas dos comandos de greve àquelas escolas que ainda não aderiram ao movimento. Nossa adesão, hoje, supera 75% das escolas. Podemos ampliar ainda mais este número. O acampamento em frente ao Palácio Iguaçu continua, inclusive com a realização de um Seminário Estadual dos(as) Funcionários(as). 

Participaram da reunião, pela APP: Marlei Fernandes de Carvallho, Luiz Carlos Paixão da Rocha, Hermes Leão, Walkíria Mazeto, Elizamara Goulart, Edilson de Paula e Miguel Baez. O deputado estadual Professor Lemos também participou do debate. Pelo governo, estavam os secretários Paulo Schimdt, Dinorah Nogara, Luiz Eduardo Sebastiani, além de técnicos(as) da Secretaria de Estado de Administração e Previdência

O Estado propôs que a compensação seja creditada na folha de pagamento dos professores de agosto até o fim do ano e assumiu o compromisso da ampliação do tempo de hora-atividade do magistério a partir do início do próximo ano letivo. Hoje, os professores já têm garantidas 6 horas de hora-atividade.

Reconhecemos a hora-atividade como uma medida importante para educação e como uma questão de governo, por isso estamos fazendo um grande esforço para que ela seja implantada, destacou o secretário de Estado da Educação, Paulo Schmidt. “Estamos concluindo em quatro anos o que o magistério estadual não teve em uma década. Não vejo motivos para a greve continuar, afirmou.

Essa compensação financeira é a consolidação de um processo que só em 2013 aumentou o tempo de hora-atividade em 50%. Além disso, conseguimos implantar outros importantes avanços na remuneração do magistério, afirmou o secretário da Fazenda, Luiz Eduardo Sebastiani.

Para fazer frente à nova despesa com o pagamento da hora-atividade, o Estado propôs um novo calendário de quitar progressões e promoções pendentes de professores e funcionários da educação, de maio a fevereiro. O cronograma inicial era encerrar os pagamentos em dezembro.

PISO – O Governo Estado manteve a proposta de aumento salarial de 6,5% para os professores, mesmo índice que será aplicado às demais categorias de servidores do estado na data-base. Isso garante que o Paraná siga pagando mais que o piso nacional do magistério. O pedido do sindicato era de 8,32%.

Outra medida anunciada pelo governo é incluir no projeto de lei da data-base um artigo estabelecendo que nenhum servidor público receberá salário abaixo do piso mínimo regional, que varia de R$ 948,20 a R$ 1. 095,60. A medida anunciada na reunião do governo com o sindicato dos professores beneficiará diretamente funcionários das escolas estaduais, como as merendeiras.

A secretária de estado da Administração e da Previdência, Dinorah Portugal Nogara, informou que o governo vai revogar o desconto do auxílio transporte em casos de tratamento de saúde.