Os trabalhadores da URBS anunciaram que devem parar no dia 16 de junho de 2014, caso a empresa não apresente uma contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015 que atenda às reivindicações. Durante a assembleia de deliberação, ocorrida na noite desta terça-feira, 10, os trabalhadores decidiram pela rejeição da contraproposta apresentada pela URBS. Além disso, ficou definido que a empresa tem até sexta-feira, 13, para apresentar a nova contraproposta.

Caso esta proposta não seja apresentada até a data determinada ou não traga os avanços reivindicados, o Sindicato em conjunto com os trabalhadores, irá organizar a greve durante a assembleia agendada para as 18 horas da próxima sexta.

Histórico

O SINDIURBANO-PR protocolou a pauta de reivindicações junto à URBS ainda em abril. Porém, a empresa só apresentou a contraproposta quase dois meses depois, no dia 3 de junho de 2014, após pressão do Sindicato e dos trabalhadores.

Este documento não refletia em absolutamente nada a pauta de reivindicações apresentada pelo Sindicato. O que é pior: tentava retirar direitos conquistados ao longo do tempo com muita luta, paralisações e até greve.

A forma como a direção da empresa tratou a negociação coletiva, até então, estabelecia o confronto já que a URBS se negava a sentar para negociar, mesmo sendo muito clara a posição do Sindicato de buscar o diálogo.

Exemplo disso foi a primeira reunião de negociação, que estava agendada para o dia 8 de maio e foi realizada. Além de se negar a receber todos os membros da Comissão de Negociação do SINDIURBANO-PR, o atual diretor administrativo e financeiro da URBS foi extremamente descortês.

A atitude deste diretor, que chegou a tentar impedir o Sindicato de circular livremente pela empresa, demonstrou clara prática antissindical, além de desrespeito pela entidade sindical e, consequentemente, por todos os trabalhadores representados pelos SINDIURBANO-PR.

Somente no dia 10 de junho, a direção da empresa chamou o Sindicato para iniciar a negociação das reivindicações dos trabalhadores. Nesta reunião, após a solicitação do Sindicato, a URBS aceitou manter todas as cláusulas do Acordo Coletivo atual e ofereceu o reajuste da inflação, 5,81%, nos itens econômicos, entre eles, o salário e o vale alimentação.

Esta proposta foi levada aos trabalhadores reunidos em assembleia na noite de ontem, 10 de junho, mas foi rejeitada. Nesta mesma ocasião foi definido o prazo, até a próxima sexta-feira, 13 de junho, para que a empresa melhore a sua contraproposta.

A assembleia aprovou, também, a greve para o dia 16 de junho.