RIBEIRÃO PRETO, SP – As testemunhas de defesa e acusação de Guilherme Raymo Longo, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3 –encontrado morto no rio Pardo em novembro do ano passado – serão ouvidas pela Justiça nos dias 11 e 12 de setembro.
As datas foram marcadas pela juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos Bezerra, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). Longo é o principal suspeito pelo crime que chocou o país.
Longo está preso preventivamente na penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo) e deverá permanecer no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Serra Azul (302 km de São Paulo) durante a primeira fase de instrução, segundo o advogado dele, Antônio Carlos Oliveira.
Longo teve o quarto pedido de liminar de habeas corpus negado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo). Na última segunda-feira (9), a defesa dele entrou com o pedido sob alegação de que havia demora no julgamento.
A mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, também será ouvida pela juíza. Ela, que ficou presa em Tremembé em janeiro, está solta graças a um habeas corpus. Atualmente, Natália mora com os pais em São Joaquim da Barra (382 km de São Paulo).
Segundo o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, testemunhas que moram em outras cidades deverão prestar depoimento por meio de carta precatória. Longo e Natália serão os últimos a serem ouvidos pela juíza.
Após os depoimentos, a juíza decidirá sobre o destino do casal, o que pode incluir a ida deles para júri popular.
Para a Promotoria, Longo matou Joaquim e depois jogou o corpo da criança no córrego Tanquinho, localizado a cerca de 200 metros onde a família morava, no bairro Jardim Independência, em Ribeirão Preto.
O corpo da criança foi encontrado cinco dias depois no rio Pardo, em Barretos (423 km de São Paulo).
Para a Promotoria e a Polícia Civil, embora não tenha participação na morte do filho, Natália foi omissa porque sabia dos riscos a que Joaquim estava exposto convivendo com Longo.
Em depoimentos nas semanas seguintes à morte da criança, Natália afirmou que o marido apresentava um comportamento agressivo e já havia deixado Joaquim de castigo algumas vezes.
Ambos alegam inocência.