A família do garoto Marcelo Pesseghini, suspeito de matar os pais e em seguida se suicidar, vai utilizar uma página do Facebook como evidência de que o crime não foi cometido pelo garoto, mas por outra pessoa.
Um pedido para reabertura do caso será protocolada nesta segunda-feira, 14, junto a Justiça pelos advogados contratados pelos avós de Marcelo Pesseghini. O objetivo é fazer com que a Justiça determine a retomada das investigações.
A página foi criada para homenagear a memória do sargento da Rota Luis Marcelo Pesseghini, 40, pai do garoto, antes dos corpos terem sido encontrados, em 5 de ahosto de 2013, de acordo com os registros da rede social.
De acordo com a versão oficial, os cinco corpos só foram localizados na casa da família após as 18 horas, por um familiar e um policial militar considerado amigo dos Pesseghini.
A página, pelas informações do Facebook, foi criada às 16h48 do dia 5 de agosto, mais de uma hora antes de testemunhas terem encontrado os corpos.
A advogada Roselle Soglio, contratada pelos avós maternos de Marcelo Pesseghini para acompanhar as investigações, uma possibilidade seria que o garoto tivesse criado o site antes de cometer suicídio. Os laudos periciais apontam que o computador da casa foi utilizado pela última vez às 18h03 do dia anterior, dia 4 de agosto, quando a família anda estaria viva.
Além disso, fotos da família foram postadas depois que todos já haviam sido encontrados mortos, entre as 20h50 e 21h34. A página foi atualizada até 17 de agosto de 2013, inclusive com foto dos corpos.
Em uma das postagens, há uma foto com a legenda “Você acredita na versão da policia para as mortes dos PMs e de toda a família em São Paulo?”
Para a advogada, ao perfil foi criado pelo verdadeiro autor dos crimes. Roselle ressalta que o assassino tinha a certeza da impunidade.
A Secretaria de Segurança Pública não soube explicar o fato. Diz, porém, que a explicação deve ser agora dada pela Justiça.
De acordo com a polícia, todas as provas obtidas e testemunhas ouvidas no inquérito apontam para o menino como autor da morte dos parentes e da própria morte. A família, em nenhum momento, acreditou nesta versão.