A esperança de achar doadores faz parte da rotina de Suzane Bordin, mãe de Melissa de 1 ano e 8 meses, que luta contra a leucemia mieloide aguda desde dezembro de 2013. A mãe conta que a filha é uma guerreira por tudo o que já passou e que a esperança da cura aumenta ainda mais quando chega a notícia de mais um doador para Melissa.
Quem está aqui vivendo no hospital e lutando pela vida só tem a agradecer aos doadores. Dia após dia isso nos faz acreditar e nunca desistir, passando energia positiva para uma criança de apenas um ano e oito meses.
Melissa é uma guerreirinha e dá uma lição de vida a quem convive com ela. Agradecemos a todos os doadores e com certeza, se não fossem eles, ela já não estaria mais aqui, completou Suzane. Depois da aplicação da quimioterapia, a imunidade do paciente é quase zero e ele precisa viver à base de sangue, plaquetas e antibióticos. Nestes casos em que a medula fica doente, a indicação é o transplante para que a leucemia seja vencida completamente.

A mãe de Melissa mobilizou até quem ela não conhecia pelas redes sociais para conseguir doadores de plaquetas. Recentemente, a pequena passou por uma cirurgia de transplante de medula óssea, vinda de um doador da Polônia.
Suzane destaca a importância do doador de sangue também se cadastrar como doador de plaquetas (que evitam a hemorragia no corpo com as sessões de quimioterapia) e de medula óssea. A medula é uma bolsa de sangue comum contendo as células-tronco do doador. Para que o corpo tenha reação positiva ao transplante, é preciso que a medula seja 100% compatível e mesmo assim a recuperação do paciente é delicada, conta.
O período após o transplante é o mais crítico do tratamento, depois de passar por cinco ciclos de quimioterapia e, por ela ser criança, precisou de 30 bolsas de sangue. É um ato que para quem doa é muito simples e para quem recebe é uma vida que se estende pela frente, disse Suzane.