SÃO PAULO, SP – O Exército de Israel divulgou nesta semana em seu site as formas de como os militares comunicam os palestinos antes dos bombardeios na faixa de Gaza.
Dentre as estratégias para tentar evitar a morte de civis, estão a distribuição de panfletos, o envio de mensagens de texto para celular e ligações telefônicas, feitas cinco minutos antes do ataque aos vizinhos do alvo.
O envio de mensagens e os telefonemas foram citados pelo governo israelense como uma das medidas usadas para diminuir o número de mortes de civis na ofensiva terrestre na faixa de Gaza. Em sete dias, mais de 600 palestinos morreram.
Nesta quarta (23), os anúncios foram incluídos em “uma das medidas sem precedentes usadas para não causar nenhum prejuízo aos civis”, em nota criticando a decisão da ONU de investigar o país por crimes de guerra.
Para Israel, a investigação, aprovada por 29 dos 47 países do Conselho de Direitos Humanos, é uma “farsa que deve ser rejeitada por todas as pessoas decentes”.
“O Conselho deveria lançar uma investigação contra a decisão do Hamas de transformar hospitais em centros de comando militar, usar escolas para armazenar armas e colocar baterias de mísseis junto de parques, casas e mesquitas”.
Desde o início da operação Margem Protetora, na quinta (17), o Exército israelense divulgou 20 vídeos aéreos que dizem ser provas da atividade de grupos armados palestinos em áreas civis, assim como a construção de túneis.
Em vídeo, o Exército de Israel divulgou como é feita a mensagem. Veja abaixo a transcrição em português:
Soldado – Oi, você fala hebraico?
Palestino – (…)
Soldado – Como você está? Tudo bem? O Exército de Israel precisa bombardear um prédio perto de onde você está. Nós queremos ter certeza de que não há civis na vizinhança antes de atingirmos o nosso alvo. Certifique-se e avise a todo mundo, porque em cinco minutos vamos bombardear essa área.