GABRIELA TERENZI
SÃO PAULO, SP – O juiz Marcelo Coutinho Gordo, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, determinou nesta quarta-feira (23) que o Facebook informe a identidade de quem contratou publicidade paga ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) na rede social e qual o valor gasto. A decisão é liminar (provisória).
A ação foi enviada pela coligação do candidato do PMDB ao governo estadual, Paulo Skaf. Segundo a acusação, o governador, que tenta a reeleição, tentou inflar o número de seguidores de sua página no Facebook com pagamento de publicidade na rede, o que seria uma violação à lei da propaganda eleitoral.
A coligação tenta que a Justiça determine ao Facebook a exclusão dos seguidores extras que Alckmin teria ganhado com posts e links patrocinados.
Para os advogados da campanha de Skaf, o aumento no numero de curtidores foi “muito acima do que é esperado para quem não usa links patrocinados”. Segundo eles, Alckmin ganhou 220 mil seguidores no espaço de seis meses -de dezembro de 2013 a junho.
O juiz Marcelo Coutinho Gordo ressaltou, em sua liminar, que a ação “passa por uma alegada existência de propaganda eleitoral ilegal ainda a ser verificada”.
A identificação dos contratantes da publicidade paga pode esclarecer se elas foram ou não contratadas pela campanha do tucano.
Procurada, a defesa de Alckmin afirmou que ainda não havia sido notificada da decisão liminar.