O avião da Air Algérie que desapareceu nesta quinta-feira (24) com 116 pessoas a bordo caiu no Mali, segundo uma autoridade da agência de aviação da Argélia. Segundo a companhia, o avião levava 110 passageiros e seis tripulantes – entre eles dois pilotos. Os tripulantes eram todos espanhóis, de acordo com o sindicato de pilotos comerciais espanhol Sepla.

Este é o terceiro acidente aéreo em menos de uma semana. No dia 17 de julho, a queda do avião da Malaysia Airlines, atingido por um míssil na Ucrânia, matou 298 pessoas. Nesta quarta-feira, um avião da TransAsia Airways que tentava aterrar de emergência em Taiwan deixou um saldo de 48 mortos e 10 feridos.

A companhia aérea Air Algérie perdeu contato nesta quinta-feira (24) com um de seus aviões 50 minutos após ele decolar de Uagadugu, capital de Burkina Faso. O voo AH5017 havia partido em direção a Argel, capital argelina, mas não pousou conforme previsto. Segundo a companhia aérea espanhola Swiftair, dona do avião, estavam a bordo 110 passageiros e seis tripulantes. A empresa declarou que também não consegue contato com a aeronave, um McDonnell Douglas MD-83.

“Os serviços de navegação aérea perderam o contato com um avião da Air Algérie que voava nesta quinta-feira de Uagadugu a Argel, 50 minutos após a decolagem”, anunciou a companhia aérea, cujas informações foram divulgadas pela APS, agência estatal de notícias da Argélia. A empresa afirmou ainda que ativou seu plano de emergência.

A Swiftair informou em nota que o avião partiu à 1h17, no horário local (22h17 em Brasília), e deveria ter pousado na Argélia às 5h10, mas não chegou a seu destino.

A trajetória do voo AH5017 não estava imediatamente clara.

Uma fonte anônima da Air Algérie citada pela agência francesa de notícias AFP disse que “o avião não estava longe da fronteira algeriana quando foi pedido à tripulação que fizesse um desvio por causa da baixa visibilidade e para evitar o risco de colisão com outra aeronave na rota Argel-Bamaco [capital de Mali]”.

Burkina Faso fica ao sul da Argélia, e suas capitais estão distantes em uma linha quase reta passando pelo Mali –o norte do país enfrenta conflitos envolvendo islâmicos ligados à Al Qaeda e separatistas Tuareg.