ITALO NOGUEIRA
RIO DE JANEIRO, RIO – O senador Lindberg Farias (PT), candidato ao governo do Rio, disse que há uma “vinculação excessiva” entre a campanha da presidente Dilma Rousseff e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que tenta a reeleição. Ele afirmou que aceita dividir o apoio da petista, mas considera prejudicial colar-se à imagem do peemedebista.
“Na nossa avaliação, o problema para a campanha dela é a vinculação excessiva ao PMDB que está muito rejeitado no Estado e está traindo ela. É ruim para campanha dela”, disse o senador, em encontro com a militância do PT no centro do Rio.
Dilma abriu a campanha em encontro com prefeitos do Estado promovido por Pezão. A decisão irritou o senador, que aposta no apoio do ex-presidente Lula à sua candidatura.
Lindberg afirmou que não exige exclusividade no apoio. Mas afirma que há um excesso no número de agendas com os dois juntos.
“Ela já estava fazendo muitas campanhas institucionais com o Pezão [antes do início da campanha]. Começar a campanha com ele vincula muito a imagem, e isso não é bom para ela. Não tem nada a ver comigo”, disse ele.
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o senador é o seu “candidato preferido” e classificou como acerto ter defendido sua candidatura. A confirmação do nome de Lindberg provocou a adesão da cúpula do PMDB do Rio à campanha de Aécio Neves – formando a chapa “Aezão”.
“Se tem uma coisa que eu acertei foi ter o Lindberg candidato a governador. Não podemos que possa existir qualquer traição à candidatura do Lindberg. O pior já passou. Já nos livramos da pressão do Lindberg não ser candidato. Depois da pressão, sendo ele candidato, retirar a candidatura dele. Vencida essa pressão. Agora só tem o desafio mais fácil: ganhar a eleição”, disse Falcão.
O presidente do PT reuniu-se nesta sexta-feira (25) com Lindberg, Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB) para analisar agendas de cada um dos três com a presidente.