DANIELA LIMA SÃO PAULO, SP – Candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) rebateu declaração da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o mensalão mineiro. Em sabatina promovida nesta segunda-feira (28) pela Folha de S.Paulo, o UOL, o SBT e a rádio Jovem Pan, a presidente disse que o mensalão petista foi tratado com “dois pesos e 19 medidas” e criticou que caso similar que envolve o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) não foi julgado. Questionado sobre o assunto, Aécio disse que “não é uma manifestação feliz da presidente”. “Acho que tudo tem que ser julgado, independente do partido a qual as pessoas pertencem”, afirmou. O senador disse ainda que a condenação de ex-dirigentes do PT pelo Supremo Tribunal Federal deveria “servir de exemplo” e que se houver punição a políticos ligados ao PSDB, o partido “não o tratará como herói”. “No caso do PSDB, se alguém filiado ao partido ou ligado a ele cometer algum delito, nós não os trataremos como heróis, como buscou fazer o PT.” Aécio falou à imprensa após encontro com dirigentes de ONG, em São Paulo. Ele anunciou que terá um “fórum” para debater o terceiro setor maneiras de transformar em politicas publicas boas iniciativas. MAIS MÉDICOS O senador tucano também rebateu fala de Dilma sobre a proposta de revisão do contrato firmado com profissionais cubanos que atuam no Mais Médicos. A presidente insinuou nesta segunda, sem citar Aécio nominalmente, que o tucano tem uma posição “fundamentalista sobre Cuba”. “O que eu quero é acabar com a discriminação em relação aos médicos cubanos”, disse ele. Aécio defende a revisão do modelo pelo qual os profissionais da ilha são tratados, afirmando que é preciso dar a eles isonomia salarial. Pelo modelo de hoje, os cubanos recebem apenas uma parte da remuneração. O restante é entregue ao governo daquele país. O tucano disse não acreditar que renegociar o contrato “inviabilize o programa” , como afirmam petistas.