RIO DE JANEIRO, RJ – A Justiça do Rio decidiu decretar a prisão preventiva de seis policiais militares da UPP Fogueteiro, em Santa Teresa, na região central do Rio.
Eles estão presos desde a madrugada do domingo (27), acusados de homicídio. Poucas horas antes eles realizaram uma operação na comunidade que resultou na morte de duas pessoas. Eles são acusados de homicídio.
Durante a operação o morador Vitor Luiz Rodrigues, 40, foi atingido por quatro tiros nas pernas, um no abdômen, outro na cabeça e morreu no local. Rafael de Souza Azerbinato, 23, foi encontrado morto dentro de casa, atingido por uma bala na cabeça.
Em depoimento ainda no sábado, os policiais haviam afirmado que, por volta das 16h, realizavam um patrulhamento próximo à praça Holanda, ponto conhecido pela venda de drogas, quando viram dois homens, um deles armado e houve tiroteio.
Segundo a versão dos policiais, o bandido armado seria Rodrigues, que teria sido atingido na troca de tiros. Com ele, foi apreendida uma pistola, além de maconha e um livro de contabilidade do tráfico. A mulher de Rodrigues, Daniele dos Santos, no entanto, afirmou que uma moradora viu os policiais atirarem na cabeça do seu marido, enquanto ele agonizava. Ela negou que tivesse envolvimento com o tráfico de drogas e acredita que a arma tenha sido colocada no local pelos policiais.
No seu depoimento, ela afirmou que, enquanto os moradores rodeavam o corpo do seu marido, um policial deu um tiro de advertência para o alto para afastá-los do local. Momentos depois, gritos foram ouvidos e Azerbinato foi encontrado morto dentro de casa.
Os seis PMs estavam presos nesta segunda-feira (28) na unidade prisional da Polícia Militar, em Benfica, zona norte do Rio. À tarde, parentes das vítimas prestaram depoimento na 5ª Delegacia de Polícia, na Lapa, região central do Rio. As testemunhas reforçaram a tese de execução.