A greve dos funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que já dura mais de dois meses e impediu a divulgação completa das taxas médias de desemprego aberto do país nos meses de maio e junho, deverá continuar pelo menos até o final desta semana.
A informação foi repassada à Agência Brasil pelo diretora-executiva do Sindicato Nacional dos Funcionários do IBGE (ASSIBGE-SN), Ana Magni, após participar da assembleia da executiva Rio do sindicato, realizada ontem para decidir os rumos do movimento. O grupo deliberou pela continuidade da paralisação até que sejam concluídas as negociações a serem implementadas ao longo desta semana com o governo federal.

A retomada das negociações foi decida na última sexta-feira, em Brasília, após reunião com a Executiva Nacional da ASSIBGE com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. A greve segue consolidada em vários estados e a tendência é de que ela continue pelo menos até o final desta semana, pois haverá negociações com o governo ao longo desta semana e os núcleos nacionais estão deliberando nas assembleias que começaram nesta segunda-feira os rumos do movimento, disse Ana.
A diretora do sindicato disse ainda que a ASSIBGE aguarda que o Ministério do Planejamento marque a data do início das negociações, que deverão começar amanhã ou depois. A partir da conclusão destas negociações, serão marcadas novas assembleias que deliberarão depois se aceitam ou não as condições do governo. A tendência é que a categoria feche questão em torno da necessidade de recontratação dos cerca de 200 funcionários que foram demitidos ou não tiveram seus contratos renovados por estarem em greve, disse.