SÃO PAULO, SP – A única central elétrica da faixa de Gaza ficou fora de funcionamento após os bombardeios do Exército israelense, anunciou nesta terça-feira (29) o diretor-adjunto da autoridade de Energia do território palestino, onde vivem 1,8 milhão de pessoas.
“A única central elétrica de Gaza ficou fora de funcionamento após um bombardeio israelense na noite passada, que danificou o gerador de vapor e atingiu as reservas de combustível que se incendiaram”, declarou Fathi al-Sheikh Jalil.
Uma espessa coluna de fumaça negra foi vista no local, que abastece 2/3 da energia na faixa de Gaza.
A central já havia sido atingida na semana passada e estava trabalhando com capacidade reduzida a cerca de 20%, permitindo apenas algumas horas de eletricidade por dia para os moradores de Gaza.
Além disso, segundo Jalil, “cinco das dez linhas elétricas provenientes de Israel para abastecer a faixa de Gaza foram atingidas pelos bombardeios israelenses, e os serviços de manutenção não conseguem ter acesso à zona para consertá-las”.
Além da falta crônica de água, a faixa de Gaza, submetida desde 2006 a um bloqueio imposto por Israel, sofre grandes problemas de fornecimento de eletricidade.
CONFLITO
Segundo o Exército israelense, dez militares israelenses morreram na segunda-feira (28) em combates contra as forças do Hamas, facção palestina que controla a faixa de Gaza.
Cinco soldados israelenses foram mortos em combates com um comando palestino que tentava se infiltrar em Israel por um túnel, na zona de fronteira com Gaza.
Mais cedo, um oficial israelense informou a morte de quatro militares tripulantes de tanque, atingidos por um tiro de morteiro ao longo da fronteira, e de um quinto soldado, que morreu nos combates em Gaza.
Israel lançou uma ofensiva militar na faixa de Gaza em 8 de julho, para interromper os foguetes lançados pelo Hamas em seu território. No dia 17, o Exército israelense iniciou uma ofensiva por terra, com o objetivo de destruir túneis do Hamas que cruzam a área de fronteira.
Apesar da pressão internacional por um cessar-fogo, na segunda o primeiro-ministro de Israel disse que a operação só acabará quando Gaza estiver desmilitarizada. Em 22 dias, 1.116 palestinos, muitos deles civis, e 53 soldados israelenses e três civis foram mortos.