SÃO PAULO, SP – A companhia franco-holandesa Air France-KLM informou nesta terça-feira (29) que deixou de sobrevoar o Iraque por causa da degradação das condições de segurança do país e levando em conta as informações de órgãos reguladores internacionais sobre riscos para os aviões.
“A segurança de nossos passageiros e de nossas tripulações é nossa prioridade. Decidimos, portanto, parar de sobrevoar o Iraque desde sexta-feira”, declarou uma porta-voz. Até a semana passada, a medida envolvia apenas algumas zonas do país.
A companhia aérea “adaptou seu plano de voo” às informações internas e às recomendações recebidas dos governos e da Organização de Aviação Civil Internacional (Icao).
A companhia Emirates havia indicado na segunda-feira (28) que em um prazo de uma semana ou dez dias começaria a evitar o espaço aéreo iraquiano, que se encontra na rota mais direta entre Dubai e Europa.
A decisão vem após a queda do avião da Malaysia Airlines, que foi derrubado por um míssil quando passava pela área controlada pelos insurgentes pró-russos no leste da Ucrânia. Todas as 298 pessoas a bordo morreram.
Por razões de segurança, os aviões da Air France-KLM já não utilizavam o espaço aéreo da Síria, da Líbia, do leste da Ucrânia e da Crimeia.
O Iraque atravessa uma grave crise por causa da ofensiva sunita no norte do país, onde os radicais do Estado Islâmico (EI) tomaram algumas cidades e continuam enfrentando as forças de segurança do governo para avançar em suas conquistas.
O EI declarou no final de junho um “califado islâmico”, ou seja, um Estado islâmico, nos territórios sob seu controle na Síria e no Iraque.