SÃO PAULO, SP – Pelo menos 30 pessoas foram mortas na manhã desta terça-feira (29) em Benghazi, no leste da Líbia, durante intensos confrontos, com aviões de guerra e foguetes, entre forças especiais do governo e militantes islamitas, disseram fontes médicas.

Após o confronto, os rebeldes invadiram uma importante base do Exército em Benghazi. “Nos retiramos da base do Exército depois do bombardeio intenso”, disse o oficial líbio Fadel Al-Hassi. Os confrontos em Benghazi, segunda maior cidade do país, e combates entre milícias rivais na capital, Trípoli, tem mergulhado a Líbia em um caos cada vez mais profundo, após duas semanas da pior violência desde a guerra civil de 2011, que derrubou Muammar Gaddafi.

Os mais recentes confrontos começaram no último dia 13, quando milícias da cidade de Misrata (a 200 km de Trípoli) lançaram uma operação para tomar o aeroporto das brigadas de Zintán (a 170 km da capital).

RETIRADA

O Canadá está retirando temporariamente seus diplomatas da Líbia devido a receios pela sua segurança, disse o ministro das Relações Exteriores, John Baird, nesta terça-feira. “Devido aos desafios operacionais, incluindo o ambiente de segurança imprevisível em Trípoli, nós autorizamos a suspensão temporária das operações em nosso escritório na capital”, disse Baird em um comunicado.

Holanda, Filipinas e Áustria fizeram preparativos na segunda-feira (28) para retirar o pessoal diplomático. Os Estados Unidos, a ONU e a embaixada da Turquia já fecharam suas operações. As autoridades da França estão organizando a retirada de seus cidadãos na Líbia, onde segundo o governo só sobraram “algumas dezenas” depois da chamada oficial lançada no domingo (27) para que saíssem o mais rápido possível do país por causa da situação de insegurança.