Entre 19 de março e 29 de julho, desde a implantação da Patrulha Maria da Penha, foram realizadas 880 visitas a mulheres que estão sob medida protetiva. O trabalho da patrulha foi avaliado, nesta terça-feira (29), por integrantes da Guarda Municipal, da Secretaria Municipal da Mulher, do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Curitiba e do Tribunal de Justiça do Paraná.

A Patrulha tem como objetivo monitorar mulheres com medidas de proteção já expedidas pelo Judiciário. São quatro viaturas, em cada uma, dois agentes (um homem e uma mulher) que são destinadas especificamente para o atendimento e visita às vítimas.

Das visitas realizadas neste período, sete foram encaminhadas para delegacia e houve um caso de encaminhamento hospitalar de uma gestante vítima de agressão.

A Secretária da Mulher, Roseli Isidoro, destacou a parceria da Secretaria com a Guarda Municipal e o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O trabalho da Guarda é muito importante e já somos referência em todo o país, disse Roseli.

O Juizado da Violência Doméstica também fez um balanço dos atendimentos. Foram feitos 541 atendimentos psicológicos para orientar as mulheres quanto às medidas protetivas e à intervenção da Patrulha Maria da Penha.

A desembargadora Denise Krüger Pereira, coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID), disse que não basta dar uma medida provisória, é necessário uma continuidade e muito comprometimento para um resultado efetivo. O resultado é muito bom, mas é necessário esse acompanhamento para saber se as medidas estão sendo cumpridas, disse a desembargadora. A Juíza Luciane Bortoleto, do Juizado Especial de Violência Doméstica também reforçou a necessidade do compromisso e continuidade da medida protetiva. Ainda estamos em construção, mas os resultados são evidentes.

O diretor da Guarda Municipal, inspetor Cláudio Frederico de Carvalho, está otimista com o serviço e diz que certamente o número de casos de violência contra a mulher vem diminuindo. É fundamental que a vítima não se cale achando que não vai acontecer de novo. Não existe vergonha nem constrangimento em buscar seus direitos quando se é vítima de violência.