SÃO PAULO, SP – A recarga do Bilhete Único poderá ser feita dentro dos ônibus em São Paulo até o início do ano que vem.
A recarga é o procedimento em que o cartão recebe os créditos já comprados pelo usuário ou pelas empresas, no caso do vale-transporte. Hoje, é necessário encostar o cartão em pontos de recarga geralmente localizados dentro de terminais.
A novidade será possível com os novos validadores, aparelhos que controlam a catraca dos ônibus.
A compra dos aparelhos foi uma exigência da gestão Fernando Haddad (PT) na renovação dos contratos com as empresas e cooperativas de ônibus.
Os contratos venceram em julho do ano passado. A gestão petista chegou a abrir uma licitação, mas cancelou a concorrência após pressão das empresas e da onda de protestos.
Para evitar a falta de ônibus nas ruas, foram assinados aditivos com as mesmas empresas, com duração de um ano.
A expectativa era lançar a licitação antes do vencimento dos contratos, mas Haddad esperava ter em mãos, para basear a nova concorrência, o resultado de uma auditoria nas contas do transporte.
Como a auditoria atrasou -a previsão é que seja concluída em outubro-, foi preciso assinar novos aditivos, por mais num ano.
RECARGA
A recarga do Bilhete Único não envolve dinheiro. Ela ocorre depois que usuário comprou créditos pela internet ou que a empresa que fornece vale-transporte pagou a cota do funcionário.
A compra de créditos em dinheiro continuará sendo feita nos terminais ou nos postos credenciados.
Segundo o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, a tendência é cada vez mais reduzir o uso de dinheiro dentro dos ônibus e, no futuro, eliminar o pagamento com cédulas e moedas.
Atualmente, o pagamento em dinheiro representa parcela entre 7% e 8% das viagens.