LUCAS SAMPAIO
CAMPINAS, SP – A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decidiu nesta quarta-feira (30) adiar o início do segundo semestre letivo deste ano devido aos mais de dois meses de greve de professores e técnicos-administrativos.
As aulas deveriam ser retomadas na próxima segunda-feira (4), mas a instituição diz que o atraso no lançamento das notas e frequências do primeiro semestre fez a reitoria anunciar o adiamento.
A reitoria da universidade informou que 75% das notas e frequências de disciplinas da graduação e 75% das aulas da pós-graduação ainda não foram inseridas no sistema.
Em nota, afirmou que “entende que a normalização da universidade depende da conclusão das atividades do primeiro semestre letivo”. “Como consequência, comunica que o segundo semestre letivo não se iniciará no próximo dia 4 de agosto, como previsto no atual calendário.”
Não há previsão para que a greve termine, devido às negociações entre Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) e funcionários e professores de USP, Unesp e Unicamp estarem emperradas. As universidades não querem dar reajuste salarial aos seus funcionários, que pedem 10% de reajuste.
Segundo a Unicamp, a previsão é que o segundo semestre se inicie em 1º de setembro, “na hipótese de que os problemas enfrentados pela universidade se resolvam no menor prazo possível”.
Mas a tendência é que o prazo não seja cumprido, já que, em alguns cursos, é necessária a reposição de quase 30 dias letivos do primeiro semestre.
A previsão da reitoria é que o mês de agosto seja “destinado às necessárias reposições, que ocorrerão em proporção variável segundo as diferentes unidades de ensino e pesquisa, bem como ao completo processamento das matrículas do segundo semestre letivo”.