SOFIA FERNANDES
BRASÍLIA, DF – O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou nesta quarta-feira (30) que não haverá participação do Tesouro na segunda rodada de socorro às distribuidoras de energia elétrica.
O governo costura com bancos públicos e privados um financiamento de R$ 6,5 bilhões ao setor. Segundo a Folha de S.Paulo publicou nesta quarta (29), o Ministério da Fazenda vai precisar contar majoritariamente com os bancos públicos para a operação.
“Não há participação do Tesouro nessa operação e todos os bancos que estão participando dela, inclusive BNDES, estão participando com recursos de mercado”, afirmou, durante coletiva sobre resultado fiscal de junho.
Além do BNDES, que deve entrar com até R$ 3,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal deve participar do novo empréstimo ao setor elétrico, com até R$ 2,5 bilhões. A maior parte do restante pode ficar com o Banco do Brasil.
“O fato de ser BNDES, Banco do Brasil, Caixa, banco privado, não altera em absolutamente nada a operação. É a mesma, com fonte de mercado, preço de mercado, sem a participação do Tesouro”, disse Augustin.
De acordo com o secretário, o objetivo do governo é que o BNDES saia aos poucos desse tipo de operação, numa “política de tirar o BNDES o máximo possível”.
“Diminuir esse tipo de repasse é o objetivo, BNDES saindo aos poucos desse tipo de ação, e substituindo por outro tipo de fonte. Gostaríamos que a velocidade de saída fosse maior”, afirmou.
Segundo ele, os repasses do Tesouro para o BNDES serão mantidos em R$ 30 bilhões -valor já transferido para o banco.