SÃO PAULO, SP – Fábricas fechadas, túneis de vento desativados e servidores de e-mail parados. Assim será a rotina das equipes de F-1 pelas próximas duas semanas.
Desde 2009 os times da categoria são obrigados a dar férias a seus funcionários e não podem fazer nenhum tipo de trabalho em seus carros durante a pausa de verão, cuja ideia principal é tentar economizar gastos na categoria que cada vez custa mais às equipes.
Para os pilotos, após 11 etapas disputadas, é hora de recarregar as baterias para a fase final do campeonato, que terá oito corridas em 14 finais de semana.
Líder do Mundial deste ano com 11 pontos de vantagem sobre Lewis Hamilton, seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg vai aproveitar a folga para viajar em lua de mel.
O alemão, que casou-se na semana que antecedeu o GP da Alemanha, levará sua mulher, Vivian, para alguns dias em Ibiza, na Espanha.
Já para Sebastian Vettel, dono dos últimos quatro Mundiais, mas que ainda não se encontrou nesta temporada da F-1, o período será de descanso em casa, ao lado de sua namorada, Hanna, e de sua filha Emily, de sete meses.
“Estas férias serão boas para todos nós. É bom para tentarmos relaxar um pouco e tirar sua cabeça por um tempo do que acontece nas pistas”, afirmou o piloto da Red Bull, que neste ano só foi duas vezes ao pódio, ambas na terceira posição, nos GPs da Malásia e do Canadá.
Felipe Massa, que depois de duas corridas nas quais abandonou ainda na primeira volta conseguiu terminar o GP da Hungria, no último domingo, na quinta colocação, também aproveitará a parada para ficar em casa.
O piloto da Williams, que vive entre Mônaco e o Brasil, passará alguns dias em São Paulo. “Vou aproveitar para levar o Felipinho ver o Kaká jogar no Morumbi”, afirmou o são-paulino em Budapeste.
Mas se para os pilotos é tempo de descansar, para os dirigentes a parada é apenas física.
“Não vamos parar de pensar em como podemos progredir. Para isso não há férias”, afirmou Marco Mattiacci, chefe da Ferrari, que nesta quinta anunciou a reestruturação de parte de seu departamento técnico, mas especificamente no setor de motores, com a saída de Luca Marmorini.
“Estamos cerca de 1,2 segundos atrás dos líderes [Mercedes], o que significa que estamos meses ou até anos atrasados, então não podemos nos permitir tirar férias mentalmente”, completou o italiano, substituto de Stefano Domenicali desde o início da temporada.
Responsável pelos engenheiros da Williams desde o GP do Bahrein, após anos trabalhando na Ferrari, Rob Smedley tem a mesma opinião de Mattiacci.
“Estarei numa praia, tomando sol e provavelmente tomando uma cerveja, mas obviamente que estarei pensando em como podemos melhorar”, afirmou o engenheiro da Williams, que ocupa o quarto posto no Mundial de Construtores. A Mercedes lidera, seguida por Red Bull e Ferrari.
A próxima etapa do Mundial de F-1, o GP da Bélgica, acontece no dia 24 de agosto, em Spa-Francorchamps.