O Hamas admitiu hoje (2), por meio de um comunicado, que o soldado israelense que desapareceu em combate pode estar morto. O grupo informa que perdeu contato com combatentes quando as forças de ocupação de Israel entraram em Rafah (cidade palestina situada no sul da Faixa de Gaza).  Com os confrontos entre os soldados israelenses e os militantes do Hamas, houve baixas dos dois lados, incluindo o soldado que, acredita-se, era prisioneiro do grupo.

O exército israelense diz que suas tropas foram atacadas em Rafah, próximo à fronteira com o Egito, uma hora depois da entrada em vigor do cessar-fogo de 72 horas acertado pelas partes envolvidas no conflito, ontem (1º), quando soldados palestinos teriam saído de um túnel e fizeram um ataque surpresa. Dois soldados morreram e um terceiro militar, identificado como Hadar Goldin, teria sido capturado.

As Brigadas de Ezzedim al-Qasam, braço armado do Hammas, negam ter capturado o soldado israelense e asseguraram desconhecer as circunstâncias do seu desaparecimento. O braço armado do Hamas, por sua vez, diz que houve um confronto uma hora antes da trégua, mas, com isso, Israel violou o cessar-fogo, sob o pretexto de encontrar o soldado desaparecido. O Hamas acusa Israel de utilizar a alegada detenção do militar para justificar as suas agressões contra o povo palestiniano.

Em comunicado, o porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, considerou que a declaração da ocupação israelense de que um dos seus soldados foi capturado tem o objetivo de confundir a opinião pública e justificar a violação do cessar-fogo.