Logo, logo voltaremos a ter os debates dos candidatos governamentais. O passado de tais promoções políticas têm levado o eleitor para as Tvs à cabo. O pessoal que gosta do rádio não foge à regra, vai também. É uma pena. Tanta coisa de bom poderia surgir. Afinal debatedores são figuras de prestígio na sociedade, conhecedores, em sua maioria, dos problemas que afligem o Paraná, isto para ficarmos por aqui. Deixemos os candidatos presidenciais que mostrem a que vieram. A decepção não pode ser de um feixe só.
Mas sempre há esperança. Aqui no Paraná, temos três favoritos como todos sabem, mais os candidatos de partidos nanicos. Fiquemos com essa designação – partidos nanicos. Nada de partidos de aluguel e quejandos. Afinal, são partidos devidamente constituídos, reconhecidos pelos tribunais competentes. Marcha ao lado dos maiores porque não há outra solução. Claro, damos descontos. Alguns fazem o jogo, mas isso faz parte do próprio, do jogo. Um dia melhora. Melhoram os candidatos, melhoram os partidos, e aí todos nós cantaremos o hino nacional, primeira e segunda parte, com o mesmo entusiasmo que os jogadores da seleção brasileira. Com raiva, sim, como se viu em um ou outro amarelinho. Jovens, queriam provar que somos os melhores. Já fomos, mas Dunga está ai para reconduzir o Brasil ao seu lugar de sempre, desde que Pelé e Garrincha fizeram das suas em favor de todos nós.
Pois, então, temos três favoritos. O dobro ou o triplo para aparecer. Mas como proibir. E por que proibir? Afinal, a lei é para todos e todos estão dentro da lei. Portanto, os nanicos também merecem o nosso respeito e o voto do eleitor.
É claro, entretanto, que Beto Richa, Roberto Requião e Gleisi Hoffmann sairão na frente e dos três, dois estarão no segundo turno, se é que o teremos. Tudo indica que sim, graças à teimosia do senador Roberto Requião, animador de todos os nossos pleitos, recordista com todas as honras de funções majoritárias, com direito a levar junto uns e outros. Não vai ser fácil. Beto Richa está ai, com seu projeto de reeleição, com o apoio de uma dezena de partidos, e isso já foi importante na política paranaense. Será que ainda o é? Vejamos.
O PT força, consegue botar três ministros daqui no Planalto. Há quem diga que isso pouco importa, já que nada apareceu de substancial. Será? Ou é despeito da oposição. Tudo pode ser. Acontece que a sra. Gleisi Hoffmann não colheu bons frutos de sua passagem no posto mais importante depois do chefe da Nação. O Gabinete Civil carece, sempre, de um linha dura, no sentido contrário ao que se possa pensar, por que não, um tipo assim como José Dirceu? Este não tem mais lugar na academia dos que têm força, mas Dilma, Lula, o PT em fim, poderão encontrar um Dirceu assemelhado. Claro, não mais pode ser José Genoino muito sentimental, sentimental demais. Mas tem que ser um homem, desculpem as senhoras, de pulso firme e que tenha intimidade para discutir com o petista maior, Lula.
Então, Beto confia no seu taco de vencedor, julga estar fazendo um bom governo, tem gente em penca apoiando-o. Páreo duro. Por hora, o favorito. Resta, então, nestas mal traçadas, Requião. Há anos venho dizendo, cuidado com o Requião. Pois não é que ele chegou, bagunçou todo o seu partido, vai ter divisão. Coisas da política. Mas se deixarem ele continuar a atropelar seus adversários, ele atropela, não mais com os cavalos que ficaram sob guarda da Policia Militar. Mas, também, com todo respeito, quem ocupa todos os cargos repetidamente, pode abastecer o mercado de puro – sangues bonitos para embelezar os nossos caminhantes.

Ayrton Baptista é jornalista