Promotores e integrantes de uma força-tarefa do Ministério Público do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina realizam nesta terça-feira, 19, mais uma etapa da Operação Leite Compensado. Novas suspeitas de irregularidades em duas indústrias envolve o uso de produtos com formol nos estados. Promotores e integrantes de uma força-tarefa cumprem 20 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Os produtos com suspeita de adulteração pertencem aos laticínios Lajeado Grande e Mondaí, este último com filial em Vista Alegre, no RS.

O Ministério Público ainda não divulgou os lotes contaminados e os nomes dos presos. 

Operação Leite Adulterado

O Ministério Público catarinense deflagrou nesta manhã as Operações Leite Adulterado 1 e 2 em seis cidades e também em uma no RS com apoio da Promotoria gaúcha, em virtude das investigações já realizadas anteriormente na Leite Compensado.

Segundo as investigações, iniciadas em abril, o leite era adulterado com ureia, contendo formol, para mascarar a adição de água ou com produtos para estancar o processo de adulteração. Um dos laticínios , que produzia só derivados, começou a fabricar leite este ano.

Foram presas 20 vinte pessoas, sendo 14 homens e seis mulheres.As prisões ocorreram em duas indústrias, nas cidades de Xaxim (núcleo 1) e Mondaí (núcleo 2), ambas em Santa Catarina. Há também ações em Chapecó, Xanxerê, Ponte Serrada e Lajeado Grande.

A fraude no núcleo 1 envolve o Laticínios Lajeado Grande, na cidade de Lajeado Grande. No último dia 12, a Vigilância Sanitária de SC determinou o recolhimento de um lote de leite UHT integral desta marca após confirmação de formol no alimento. É investigada, inclusive, uma empresa de fachada que serviria para a compra de produtos químicos para a adulteração. A fraude no núcleo 2 envolve o Laticínios Mondaí, em Mondaí, com filial no norte gaúcho.

Rio Grande do Sul

Em Vista Alegre, próximo à Frederico Westphalen e próximo à RS-472, no norte gaúcho, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em uma filial da indústria de laticínios Mondaí. Descobriu-se que o leite produzido em território gaúcho era enviado para a sede da empresa, em Mondaí (SC) e era distribuído para o RS ou São Paulo.

Do RS, além de promotores, foram acionados policiais e técnicos. Também participam das ações o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Receita Estadual de SC.