RIBEIRÃO PRETO, SP – Após a série de demissões e de uma lei que proibiu novas contratações, férias e horas extras, a Prefeitura de São Carlos (a 232 km de São Paulo) voltou a nomear comissionados nesta terça-feira (19) e praticamente igualou a relação entre demitidos e contratados.
O prefeito Paulo Altomani (PSDB) publicou no “Diário Oficial” a nomeação de 20 novos comissionados e deu funções gratificadas a outros três. As admissões são para cargos de chefia e assessoria em 12 secretarias.
No balanço entre exonerações e admissões, o governo diz ter reduzido de 250 para 243 o total de comissionados.
A Prefeitura de São Carlos afirma passar por uma crise financeira, com prejuízos no repasse de impostos e o bloqueio de parte do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para pagar uma dívida com o Tesouro Nacional.
Segundo o superintendente de execução orçamentária, Douglas Marangoni dos Santos, as contratações já estavam previstas e fazem parte de um processo de “readequação”, mas ainda deve haver demissões. “Essa troca de funcionários vai servir para que a máquina funcione mais enxuta”, disse.
O secretário de Governo, Júlio Soldado, disse que a lista de funcionários deve ser reduzida em 45 pessoas até o final de agosto. No dia 12, Altomani proibiu a liberação de férias, cortou horas extras e gastos com telefonia e vetou aumentos salariais.
Para o presidente do sindicato dos servidores, Adail Alves Toledo, o anúncio de cortes e, em seguida, a nomeação de funcionários aponta que a prefeitura desrespeita seu próprio decreto e que a folha de pagamento não está “tão alta” quanto a administração afirma.