FELIPE BÄCHTOLD
PORTO ALEGRE, RS – O primeiro programa dos candidatos a governador no Rio Grande do Sul na TV, nesta quarta-feira (20), foi marcado pelo destaque ao governo Dilma Rousseff e por homenagens ao presidenciável Eduardo Campos, morto há uma semana.
O governador gaúcho Tarso Genro (PT) estreou no horário eleitoral buscando vincular sua candidatura ao governo federal. Em depoimento no espaço do petista, Dilma afirmou que o governador “não descansa enquanto não resolve problemas” e “precisa de mais tempo” para desenvolver seus projetos.
O ex-presidente Lula apareceu em imagens de arquivo de um comício de 2010. O petista Olívio Dutra, candidato ao Senado, exibiu um vídeo com elogio de Lula feito em um evento do PT.
Tarso deu grande espaço em seu bloco a projetos federais, como o Minha Casa, Minha Vida, Pronatec e o polo da indústria naval construído na cidade de Rio Grande. O horário do PT também buscou divulgar o crescimento econômico do Estado.
Líder da última pesquisa Datafolha, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) exibiu brevemente imagens do presidenciável tucano Aécio Neves. O Partido Progressista dela está coligado nacionalmente com Dilma.
A senadora fez um programa de apresentação de sua vida pessoal, com imagens de amigos em sua cidade natal. “Olá, sou a Ana Amélia, nascida na querida Lagoa Vermelha”, disse, no início.
PROGRAMA MONOTEMÁTICO
Os principais candidatos usaram o primeiro programa para homenagear Eduardo Campos. Ana Amélia prometeu uma campanha “limpa” por solidariedade ao PSB.
O espaço do candidato ao governo José Ivo Sartori (PMDB), de mais de cinco minutos, foi monotemático, dedicado apenas ao ex-governador de Pernambuco. A mesma coisa fez Beto Albuquerque (PSB), candidato ao Senado que vai deixar a chapa para ser vice da presidenciável Marina Silva (PSB).
O senador peemedebista Pedro Simon comparou Campos com políticos históricos, como Tancredo Neves (1910-85) e Ulysses Guimarães (1916-92). Sartori copiou a famosa frase do ex-governador e disse: “Não vamos desistir do Rio Grande e do Brasil”.
Quarto colocado na disputa para o governo, segundo o Datafolha, o candidato Vieira da Cunha (PDT) usou seu tempo para tentar se vincular ao ex-governador Leonel Brizola, morto em 2004.