SÃO PAULO, SP – O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) faz na noite dessa quarta-feira (20) uma passeata pela região central de São Paulo. Por volta das 19h50, a avenida Paulista estava totalmente interditada no sentido da Consolação. O grupo segue em direção ao Ministério Público, na rua Riachuelo.
Antes da passeata houve um debate no vão livre do Masp contra a “criminalização” do MTST. Ao todo, o ato reúne cerca de 4.000 pessoas, de acordo com estimativa da Polícia Militar. Já a organização disse ter a expectativa de que, ao final, a manifestação tenha 6.000 militantes.
“Nas últimas semanas, o MTST virou o Judas de São Paulo. Está sendo malhado por vários setores da mídia e pelo Ministério Público, que entrou com três ações numa tentativa clara de judicializar e criminalizar a luta social por moradia. O Ministério Público está muito interessado em investigar o MTST, mas está se esquecendo de investigar as empreiteiras e seu conluio com o poder público”, afirmou Guilherme Boulos, coordenador nacional do movimento.
O MTST afirma que entregará ao Ministério Pública seis denúncias contra construtoras retiradas de notícias de jornais. “Como o Ministério Público faz contra o movimento”, diz Boulos.
Alguns membros de movimentos sociais participaram do debate ocorrido no vão livre do Masp, como o padre Julio Lancelotti, da pastoral dos moradores de rua. Também passaram pelo local a vereadora Juliana Cardoso (PT), o vereador Nabil Bonduki (PT) e o candidato ao Senado Eduardo Suplicy (PT).
A passeata deve fechar, além da avenida Paulista, a rua da Consolação e o viaduto do Chá, até chegar à sede do Ministério Público.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda que o motorista evite passar pela avenida Paulista por conta do protesto. Os motoristas que já estiverem na região podem optar pelas ruas Cincinato Braga e São Carlos do Pinhal. O ato é acompanhado pela Polícia Militar.