O inquérito sobre o caso do menino de 11 anos que teve o braço amputado após ser atacado por um tigre no zoológico de Cascavel, no oeste do estado, deve ser prorrogado. A informação foi divulgada à imprensa pelo delegado Denis Merino, que pretende pedir à Justiça mais 30 dias para concluir as investigações.

De acordo com o advogado Yvan Gomes Miguel, que defende o pai da criança, algumas testemunhas ainda precisam ser ouvidas pela polícia. Além disso, também existe a necessidade de aguardar os laudos do local e das perícias realizadas nos vídeos sobre o incidente. Por isso, o advogado não descarta a possibilidade de novas prorrogações.

Na última quarta-feira (20), dois homens que faziam serviços de pintura no zoológico pouco antes do incidente prestaram depoimento sobre o caso. Um deles teria declarado à polícia que avisou o pai do garoto sobre o risco. O testemunho dele reforça a tese de que Marcos Rocha pode ter incentivado o filho a tocar nos animais. Na semana passada, novas imagens gravadas por pessoas que viram a criança brincando com um leão e um puma em jaulas próximas à do tigre foram veiculadas pela emissora CATVE, de Cascavel.

Para o advogado, no entanto, a responsabilidade sobre o incidente é do zoológico, e não da família.

Segundo a polícia, caso fique comprovado que o pai do menino incentivou o filho a provocar os felinos, ele pode ser indiciado. O prazo inicial para a conclusão do inquérito vence no próximo dia 30.