SÃO PAULO, SP – Um jornalista francês afirmou nesta quinta-feira (21) em entrevista à rádio francesa Europe 1 que esteve detido por meses na Síria junto com o jornalista americano James Foley, que aparece em um vídeo sendo decapitado por um integrante da facção radical Estado Islâmico (EI).
Didier François, 53, disse que pode ter reconhecido o assassino de Foley. Ele esteve preso também com o outro refém americano, o repórter Steven Sotloff. “Reconhecer é uma palavra forte. Tenho uma ideia mais ou menos de quem seja”, revelou.
François foi libertado em abril passado, e não afirma que não havia feito um pronunciamento sobre o tema até agora devido às ameaças de represália.
“Se você divulgar o fato de eles estarem presos ou que você esteve junto com eles, represálias atingirão eles”, conta François, em referência ao alerta que os radicais teriam dado a ele.
Segundo François, Foley passou a ser mais mal-tratado pelos extremistas depois que estes descobriram fotos no computador do americano que revelaram que seu irmão trabalha na Força Aérea dos EUA.
O francês disse ainda que Foley, que trabalhava para a agência de notícias France Presse (AFP) na Síria, foi sequestrado após sair de um café em Idlib, de onde enviava e-mails para sua família e seus editores.
“Assim que ele saiu do café, foi interceptado por membros do Estado Islâmico”, disse François.