A adesão ou não do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) à Empresa Brasileira de  Serviços Hospitalares (Ebserh) acontece no dia 28 de agosto, quando o Conselho Universitário (Coun) se reúne para a votação final da proposta de gestão partilhada entre a UFPR e a empresa, vinculada ao Ministério da Educação.
Ontem, o Coun se reuniu para uma nova rodada de debates sobre o tema, com a presença de observadores convidados de todas as instâncias da sociedade e entidades de classe. A posição da Reitoria é clara. Sem a adesão ao Ebserh é inviável melhorar o atendimento no HC.
Ao mesmo tempo em que acontecia o debate, no pátio da Reitoria a Frente de Luta Pra Não Perder o HC — que reúne servidores, professores e estudantes da Federal — fazia um ato pelo hospital. A Frente é contrária à adesão ao Ebserh, por considerar que isto significa a perda da autonomia da UFPR sobre o HC além da privatização da saúde.

Logo após o debate na sala do Conselho Universitário, a Frente a protocolou um ofício pedindo a suspensão da pauta de votação da EBSERH no dia 28 de agosto e solicitando realização de sessão temática para que seja realizado um plebiscito popular em todo o Estado.
O reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, garantiu que nenhuma decisão sobre a proposta da Ebserh será tomada sem a aprovação do Coun. Zaki Akel pediu aos adversários da proposta que permitissem aos conselheiros acesso à reunião do Conselho para a votação final da matéria, no dia 28, uma vez que nas duas sessões anteriores as entidades que se opõem à empresa impediram a entrada dos membros para decidir a questão.